No Dia Internacional da Mulher, grupos fazem manifestações para pedir respeito

“Nem toda mulher quer ter filhos. Nem toda mulher quer casar. Nem toda mulher ama os homens. Nem toda mulher tem cabelo comprido. Nem toda mulher gosta de rosa. Nem toda mulher é feminina. Nem toda mulher é delicada. Nem toda mulher é magra. Nem toda mulher faz dieta. Nem toda mulher sabe cozinhar. Nem toda mulher quer transar com você. Nem toda mulher gosta de salto alto”. O texto, publicado no Facebook, na página da comunidade Empodere Duas Mulheres, teve mais de sete mil curtidas em menos de uma semana. Com a campanha ‪#‎NãoMeDêFlores, a comunidade chama a atenção para a necessidade de refletir sobre o Dia Internacional da Mulher e propõe algumas questões que devem ser discutidas, como diferença salarial, dupla jornada de trabalho, violência e cultura misógina.

O tom das comemorações em algumas partes do País mostra que alguns grupos de mulheres querem muito mais do que receber flores e brindes no dia 8 de março. Em Uberlândia, o Coletivo Flor de Cacto está organizando uma batucada feminista, que deverá sair pelas ruas. A batucada, segundo os organizadores, é muito utilizada pela Marcha Mundial das Mulheres como mais um instrumento de luta. “É uma forma de trazermos debates locais e globais para a sociedade com muita irreverência, alegria e cores”, informam.

Num dos cartões-postais do Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, será celebrado domingo (8) o “Dia Internacional da Minissaia” (FOTO). A ideia é que as pessoas usem minissaias para defender o direito de mulheres escolherem as roupas que quiserem sem sofrer assédio. O encontro foi organizado pelas jornalistas Renata Rodrigues e Débora Thomé, idealizadoras do bloco de carnaval Mulheres Rodadas. Nas redes sociais, como o Facebook, elas divulgam: #meucorpomeusdireitos. São vozes que se manifestam para lembrar que o que elas querem é respeito! Todos os dias.