Publicado em 08/02/2021 às 14:05 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:51
Alinne Tatiane Faria Silva é bolsista de doutorado pela CAPES e pesquisa diagnósticos para câncer de mama desde 2012. (Foto: Alexandre Lage - CCS/CAPES)
O câncer de mama pode vir a ser detectado pelo sangue, em um processo denominado biópsia líquida. Uma bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) trabalha com a mesma linha de pesquisa desde 2012 para concretizar o uso da tecnologia em hospitais, possibilitando diagnósticos mais rápidos e em um processo menos invasivo.
No lugar do tradicional método, coleta-se um tubo de sangue das pacientes. O material passa por uma centrífuga, que separa as suas partes, e um citômetro de fluxo, que as conta e classifica. Nisso, é possível identificar a presença ou ausência de células tumorais, bem como diferenciar o câncer de mama de um tumor benigno.
“Além de ser mais simples, esse método permite acompanhar a paciente ao longo do tempo. É possível verificar em diversos momentos, em tempo real, se a terapia está sendo eficaz, se o diagnóstico realmente é câncer de mama. E também se está respondendo à quimioterapia”, conta Alinne Tatiane Faria Silva, bolsista de doutorado pela Capes no Programa de Pós-Graduação de Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Coordenadora do PPG em Ciências da Saúde da UFU, Yara Cristina de Paiva Maia diz que o objetivo é ajudar as pacientes e a comunidade médica. (Foto: Alexandre Lage - CCS/CAPES)
O novo tipo de diagnóstico poderá ajudar em tratamento precoce. “A mortalidade do câncer de mama se dá, principalmente, em decorrência de metástase. Caso consigamos detectar precocemente a presença dessas células na corrente sanguínea e tratar previamente, diminuirá tanto a morbidade quanto a mortalidade dessas pacientes”, afirma.
A doutoranda é orientada por Yara Cristina de Paiva Maia, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFU, que a supervisiona desde 2012. Professora do Departamento de Medicina da instituição mineira, Maia destaca o “espírito investigativo” da estudante. E emenda: “Nosso maior objetivo é fazer a diferença na vida das mulheres que sofrem dessa doença e também ajudar a comunidade médica.”
O projeto ocorre no Laboratório de Nanobiotecnologia da UFU, sob a coordenação do pesquisador Luiz Ricardo Goulart Filho, do Instituto de Biotecnologia da Universidade.
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Palavras-chave: biópsia líquida Genética e Bioquímica Câncer de mama Divulgação Científica Ciência
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