UFU tem cinco cursos com nota máxima no 'Guia da Faculdade do Estadão'

Publicação classifica o curso de nota cinco estrelas como 'excelente', quatro como 'muito bom', três como 'bom', sem estrela por não atingir o desempenho suficiente, sem nota por não ter o número mínimo de notas para avaliação e não avaliado quando não são atendidos os critérios de avaliação. (Imagem: Divulgação)

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) obteve conceito máximo em cinco cursos no ranking anual produzido pelo "Guia da Faculdade", número superior ao de qualquer uma das instituições privadas de Minas Gerais. O índice corresponde à avaliação de cursos superiores que é elaborada, desde 2019, em parceria com o Grupo Estado e Quero Educação pelo Guia, agindo como um instituto de pesquisa, e levando em consideração a opinião de milhares de professores que atuam no Ensino Superior.

No total, são avaliados quase 16 mil cursos superiores oferecidos em todo o Brasil por instituições públicas e privadas. O convite para fazer parte do "Guia da Faculdade" ocorre após as instituições se cadastrarem no Ministério da Educação (MEC) e indicarem os cursos superiores que estão em atividade recebendo novos alunos. São mais de 9 mil coordenadores e professores do Ensino Superior brasileiro que se cadastraram, voluntariamente, para avaliar, com notas de um a cinco, os cursos que fazem parte da sua área de formação, localizados em sua região. É importante destacar que tanto os cursos presenciais como os da modalidade remota são avaliados.

Dos 88 cursos da UFU avaliados pela banca, cinco conquistaram a nota máxima, sendo eles: Licenciatura em História, Bacharelado em História, Psicologia, Ciências Biológicas e Filosofia. (Imagem: Divulgação)

Dentre todos os cursos avaliados, apenas 581 conquistaram o conceito máximo de 5 estrelas. Dos 88 cursos da UFU que participaram deste processo, cinco conquistaram a nota máxima: Licenciatura em História, Bacharelado em História, Psicologia, Ciências Biológicas e Filosofia. Além disso, 79 cursos conseguiram atingir a nota quatro. "Analisar esses dados, tendo em vista a situação em que o ensino nacional está inserido, devido à pandemia de covid-19, que afetou e reformulou fortemente a educação, demonstra que esse pode ser um dos fatores que colaborou para a nossa universidade não conseguir atingir um número maior de notas máximas." É o que explica a pró-reitora de Graduação da instituição, professora Kárem Ribeiro.

De acordo com ela, "uma pandemia como a que estamos enfrentando afeta não somente a Educação, mas todos os segmentos e áreas relacionadas à sociedade”. Apesar disso, prossegue, o corpo docente mantém o otimismo quanto a essas notas e o seu impacto delas no ambiente universitário. “As expectativas sempre são positivas, principalmente quando consideramos a possibilidade de término de um estado de calamidade pública. O cenário a cada dia sempre é diferente, quando tratamos da área de educação: estamos em constante processo de ensino-aprendizagem”, acrescenta Ribeiro.

Vista do Campus Santa Mônica, com o prédito da Reitoria em primeiro plano. (Imagem: Divulgação)

Atual diretora do Instituto de Psicologia (IP), a professora Áurea Oliveira demonstra alegria pelo resultado do curso de graduação em Psicologia, um dos cinco da UFU que receberam a nota máxima nesta edição do "Guia da Faculdade", e comenta como a coordenação e o corpo docente estão se esforçando nesse período atípico para manter a qualidade do ensino: “Diversos esforços foram realizados diante da realidade do ensino remoto, visando a preservar a qualidade de formação dos discentes, apesar das condições adversas decorrentes da pandemia de covid-19. Com este intuito, várias frentes de trabalho foram abertas. Fizemos, entre outras coisas: análise do conteúdo das disciplinas; ajuste à nova metodologia de ensino; capacitação voluntária dos docentes; uma carga horária de estágio equilibrada; demos destaque a áreas de iniciação científica; criamos estratégia de divulgação de projetos e vagas juntos aos alunos.Tudo isso, sempre contando com a dedicação e o compromisso de todos os envolvidos." 

Ainda conforme ela, a pandemia colocou em evidência a necessidade de observar os diversos aspectos da organização institucional e da prática pedagógica, tendo que identificar elementos fortalecedores do curso a serem melhor explorados no contexto atual. “A direção do IP tem procurado alternativas para oferecer condições de trabalho favoráveis. Fomos forçados a sair da zona de conforto e enfrentar incertezas”, finaliza.

Concordando com a fala de Oliveira, o coordenador de Filosofia, Fernando Martins Mendonça, revela que para manter a qualidade de ensino do curso durante o ensino remoto algumas medidas foram tomadas, incluindo a reformulação da grade horária. “A principal estratégia do curso durante esse momento foi a reforma do projeto curricular”, explica Mendonça. “A partir dessa reforma, foi possível pensar o curso de Filosofia de forma mais moderna e mais flexível, condição que resultou na conquista da nota máxima no Guia da Faculdade”.

Por fim, os cursos de licenciatura e bacharelado em História mantiveram as notas máximas atingidas no ano passado. Ambos têm como coordenadora a professora Daniela Magalhães da Silveira. Ela reitera o impacto da crise sanitária mundial e a necessidade de reformular o ensino no período remoto, de modo que a qualidade ainda fosse mantida. “Ao longo dessa pandemia, nosso maior desafio tem sido o de controlar os números de matriculados e não deixar os alunos desistirem do curso. Muitos tiveram suas rotinas completamente transformadas. Temos contado com o apoio de todos os professores do curso, no sentido de reconstruírem seus formatos de aula e do processo avaliativo. Sem perder a qualidade, tentamos ouvir mais as necessidades específicas de cada aluno, aprendemos a usar melhor as plataformas digitais e, assim, buscamos cativar e incentivar os alunos do curso”, relata.

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