Exames de rotina podem antecipar diagnóstico de doenças oportunistas em casos de HIV, diz estudo da UFU

Arte: Maíra Vogado

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (Famed/UFU) estão desenvolvendo um estudo que pode ajudar pessoas com síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), a tratarem mais rapidamente algumas doenças oportunistas contraídas.

Os estudantes Flávio Faria, Gabriel Filliettaz e Raphael Gama, do curso de graduação em Medicina, sob supervisão do professor Aércio Borges, analisaram o prontuário de 25 pacientes com aids internados no Hospital de Clínicas (HC/UFU) devido a um quadro de hepatoesplenomegalia febril: uma síndrome que se manifesta com febre associada ao aumento do fígado e do baço.

De acordo com Faria, uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que podem ser decorrentes de várias doenças. “Quando um paciente chega ao hospital com esse quadro clínico, devemos descobrir qual é a doença que está causando para instituir o tratamento específico. Mas, às vezes, é complicado descobrir porque os exames são demorados, caros ou invasivos, como biópsias de fígado ou pulmão”, explica.

Pensando em uma solução mais rápida para facilitar o diagnóstico, foram analisados exames de rotina dos pacientes, que são mais rápidos e baratos, para tentar identificar um padrão de resultados. Esse padrão pode sugerir uma determinada causa que direciona a busca pelo diagnóstico e possibilitar o início do tratamento, enquanto os resultados definitivos não ficam prontos.

Os pesquisadores vão examinar mais prontuários: “Vale ressaltar que o número de pacientes analisados ainda é muito pequeno, e que o estudo continua em andamento para que no futuro seja possível tirar alguma conclusão”, afirma Faria.

Dezembro Vermelho

O Dezembro Vermelho é uma Campanha Nacional de Prevenção à aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). O intuito da campanha é chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

Dezembro é destinado à causa porque o Dia Mundial de Luta Contra a aids foi instituído no primeiro dia do mês em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) explica que “esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global”. Neste ano, o tema da campanha é “Acabe com as desigualdades. Acabe com a aids. Acabe com as pandemias”.

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