Publicado em 19/04/2022 às 08:09 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39
Fechado desde o início da pandemia de covid-19, o MUnA busca alternativas para manter o contato com seu público. (Foto: Acervo do Museu)
Há 47 anos, antes mesmo de sua fundação, iniciava-se a história do Museu Universitário de Arte da Universidade Federal de Uberlândia (MUnA/UFU). Naquela época, os professores do antigo Departamento de Artes Plásticas (Deart) da extinta Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais (FAFCS) da UFU, iniciaram a constituição de um acervo artístico.
O acervo, composto inicialmente de maneira informal – por meio de acordos entre organizadores e artistas expositores das mostras –, tornou-se, em 1985, a Galeria de Arte da UFU. A galeria, com cerca de 90 obras, foi, no entanto, desativada dez anos depois. Nesse mesmo ano, como forma de realocar o conteúdo em um espaço adequado, foi proposta, pelo conselho do Deart, a criação do que viria se tornar o MUnA.
Hoje, após anos de história, em busca de ampliar a discussão sobre a vida, a obra e o universo de artistas visuais cujas obras estão presentes no acervo do MUnA, foram desenvolvidos por alunos do curso de Jornalismo da UFU, um podcast e um minidocumentário para o museu, o MUnA.doc, que em breve será disponibilizado no canal do MUnA no YouTube.
Os graduandos, Beatriz Ortiz, Felipe Peres, Laura Justino e Lyege Sousa, afirmam que os produtos criam um novo caminho para estabelecer uma relação com o público do MUnA, especialmente os jovens, que consomem essas mídias.
Por meio de reuniões realizadas entre os graduandos e a equipe do MUnA, foi traçada a proposta para seleção dos artistas que fariam parte do projeto. Entre os quesitos para escolha estavam, as contribuições desses artistas para o cenário uberlandense, a diversidade de gênero e as variadas técnicas artísticas.
Dentre os artistas selecionados para o trabalho, estão Maciej Babinski, Ido Finotti, Ana Reis, Shirley Paes Leme e Hélio Siqueira. Ao longo do podcast e do minidocumentário, eles são levados a revisitar questões que envolvem suas criações e suas perspectivas acerca da arte.
A ideia de realizar a ação em conjunto com o Museu Universitário, para a disciplina de Projeto Experimental II (PEX II), foi de Ortiz, que atua como estagiária de comunicação no MUnA. Sob a orientação da professora Mirna Tonus, foi desenvolvido um plano de comunicação para o museu a curto, médio e longo prazos, em que entre as propostas estava o desenvolvimento do podcast e do documentário.
Logotipo do MUnAcast. (Arte: Alissa Cicarelli)
MUnA.doc. (Arte: Alissa Cicarelli)
“O museu queria e precisava de um podcast mas não tínhamos recursos para isso. Quando me deparei com a proposta de PEX II, a vi como possibilidade de implementar as ideias que até então estavam somente no papel”, conta Ortiz.
Responsável pelo fechamento de inúmeros estabelecimentos, como o MUnA, a pandemia de covid-19 transformou a forma como o público se relaciona e entra em contato com a arte e a cultura. Os estudantes de jornalismo afirmam que os produtos representam uma oportunidade para o museu, que nunca trabalhou com esses formatos, de testar a sua repercussão entre os públicos.
Desde o lançamento dos dois primeiros episódios, o MUnAcast conta com mais de 59 inicializações e 25 ouvintes. Para Lyege Evangelista, a sensação que fica após a realização do projeto de PEX II é de gratidão e realização. “É muito bom tirar do papel aquilo que já se estava projetando há tempos”, afirma a graduanda.
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Palavras-chave: podcast MUnA Museu Jornalismo Comunicação
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