Publicado em 14/09/2022 às 13:25 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:20
Imagem de divulgação da websérie. (Reprodução: Instagram)
Retratar os medos, traumas e violências (grandes ou pequenas) que crianças e jovens sofreram durante o período da escola e como isso as afetou - e ainda afeta - as suas vidas. Com este objetivo central, o projeto “Self: do lado de dentro” foi idealizado e executado por alunos, professores e técnicos do curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Trata-se de uma websérie de quatro episódios, que podem ser assistidos via Instagram, no perfil @projetoself404.
Os episódios foram postados às quintas-feiras, entre os dias 11 de agosto e 1º de setembro. Em cada semana, foram retratados os desafios de quatro diferentes jovens, ou seja, episódios diferentes, contendo pessoas diferentes e, consequentemente, diferentes histórias: "Opressão", "Invisibilidade", "Revolta" e "Liberdade".
A respeito da produção do projeto, segundo os organizares, o processo de criação e as gravações aconteceram em 2019, como parte do componente curricular "Estágio de Atuação e Interpretação em Espaços Escolares", do curso de Teatro da UFU. Em trabalho remoto, em decorrência da pandemia, os trabalhos seguiram de forma independente com a edição e pós-produção.
O Self surgiu a partir de uma disciplina de estágio da graduação. Almejando montar um trabalho que pudesse circular nas escolas, os alunos que fazem parte dessa websérie viram a oportunidade de trabalhar o setor audiovisual, aperfeiçoando e colocando em prática seus conhecimentos adquiridos durante os estudos no curso da UFU. Gustavo Martins, que foi um desses acadêmicos, atuou como ator, câmera, narrador e administrador de mídias, além de auxiliar na criação do roteiro, divulgação e criação de arte. Ele diz ter vivido a experiência de "Self " de uma forma profunda: “Amei fazer parte do projeto; é um tipo de trabalho artístico em que eu acredito, porque foi pensado e é um trabalho vivo, cheio de história e resistência no meio de sua produção, como acho que o processo de um artista deve ser: vivo e vivido!”
Perspectivas
De acordo com a professora Mariene Perobelli, diretora geral do projeto, a maior expectativa dele era alcançar o público jovem que está nas escolas, partindo das experiências escolares e como isso impacta na vida das pessoas. "A nossa expectativa era poder voltar para a escola com a websérie para criar processos criativos com os jovens. Até o momento, alcançamos isso em partes, pois passamos o período da pandemia fazendo a edição remotamente para o lançamento, que ocorreu apenas recentemente. Eu estou muito feliz e satisfeita, porque o processo foi potente. Conseguimos levar esse projeto até o fim e agora ele está disponível para o público", destacou.
Finalizando, a docente do Instituto de Artes (Iarte/UFU) comentou que todas as etapas foram totalmente autônomas, sem nenhum tipo de patrocínio, e que isso pode inspirar outras iniciativas semelhantes: "Nenhum processo foi com recurso profissional, o que mostra que é possível realizar processos artísticos potentes, com os recursos que a gente tem disponíveis. Isso é algo que a gente quer levar de volta para a escola. Olhar para a escola como algo potente artisticamente, para que os professores e os jovens possam criar esses processos de aprendizagem com as condições que estão ao seu alcance."
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Palavras-chave: cultura Curso de Teatro projeto Websérie Self
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