Publicado em 04/11/2022 às 14:02 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39
Da esquerda para a direita, os integrantes da RoboForge e alunos da UFU: Otávio Leite, Vinícius Corrêa, Nicole, Matheus Ezequiel, Lucas Lima e José Artur. (Foto: RoboForge)
RoboForge, uma equipe vinculada à Faculdade de Computação da Universidade Federal de Uberlândia (Facom/UFU), construiu dois robôs, Katara e Toph, e conquistou o primeiro lugar na Competição Latino-Americana de Robótica (Larc), que aconteceu entre 17 e 22 de outubro de 2022, em São Bernardo do Campo (SP).
Katara (aquático) e Toph (terrestre) foram inseridas na categoria "Standard Educational Kit". Isso significa que os dispositivos autônomos precisam de estabelecer uma comunicação entre si para identificar os problemas dos tubos e, também, usar as suas garras para consertar tubulações em um mapa com obstáculos e rampas que simula o fundo do mar.
O robô aquático tem a função de fazer a varredura do tubo, identificar os problemas, reconhecer qual é o tamanho correto do cilindro a ser usado e passar esta informação para o robô terrestre que, por sua vez, deve achar o tubo sob a superfície e entregá-lo para o dispositivo aquático, que vai ajustar a posição do objeto. Este procedimento gera pontos para os times.
Katara (esquerda) e Toph (direita), controlados pela RoboForge, conquistam o 1º lugar em competição internacional. (Foto: RoboForge)
A base de construção da Katara e Toph é igual. A diferença entre os dispositivos é o posicionamento de alguns sensores e o formato das garras, que foi elaborado de acordo com a sua tarefa durante a prova. “Um tipo de garra como esse pode ter aplicação em diversas áreas da indústria, como automobilística, logística e armazenamento”, afirma Vinícius Corrêa, estudante do curso de Física da UFU e integrante da RoboForge.
Em relação à programação dos robôs, a RoboForge relata que o processo passou por diversas complicações. Uma delas foi resolvida ao aplicar o sistema operacional de software livre “ev3dev” no kit educacional “Lego Mindstorms EV3”, que tem um bloco inteligente que controla motores e sensores, além de proporcionar a comunicação sem fios.
“Os robôs foram pensados e montados em um período de tempo de aproximadamente dois meses. Montamos, desmontamos e remontamos diversas vezes os dois dispositivos para chegar em um resultado satisfatório e, mesmo assim, ainda fizemos alterações neles até o último dia da competição”, explica Corrêa.
Nicole del Grossi, aluna de Engenharia de Controle e Automação e líder da RoboForge, avalia a vitória como um grande passo para toda a equipe: “Foram muitos dias de aprendizado, arrecadação de fundos e luta para chegar até aqui, essa preparação começou há muito. A importância desse prêmio é imensa; com isso, nós conseguimos trazer os olhos da comunidade ao redor para os projetos de extensão que servem não só para o competitivo, mas também para o âmbito acadêmico no qual a RoboForge e outras equipes estão inseridas.”
Integrantes da equipe recebem a premiação. (Foto: RoboForge)
RoboForge
Sob a supervisão do professor Carlos Roberto Lopes (Facom/UFU), a RoboForge foi criada em 2017 com o intuito de possibilitar a participação dos alunos em competições de robótica nacionais e internacionais, além de desenvolver pesquisas científicas neste campo.
A equipe é composta por oito integrantes de diferentes cursos de graduação organizados em quatro áreas: Gestão, Administração, Engenharia e Programação. Além dos torneios, a equipe está empenhada em pesquisas que envolvem Robótica Autônoma, Inteligência Artificial e Educação.
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Palavras-chave: Ciência Robótica Competição Latino-Americana de Robótica Robô inteligência artificial
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