Do laboratório de pesquisas para a plataforma da Petrobras, alunos da UFU iniciam carreira no setor petrolífero

Carlos Eduardo Borges e Teófilo Freitas são engenheiros da Petrobras. (Fotos: Divulgação/LTAD)

Os pesquisadores do Laboratório de Tecnologia em Atrito e Desgaste da Universidade Federal de Uberlândia (LTAD/UFU), que compõe a unidade credenciada Embrapii Femec/UFU, tecnologia metal mecânica, comemoram a iniciação no mercado de trabalho de mais dois alunos da Iniciação Científica (IC). Teófilo Jacob Freitas e Carlos Eduardo Borges Miranda conquistaram as vagas na Petrobras e realizaram sonhos: “Estou muito realizado, principalmente por ser o meu primeiro emprego; era meu desejo antes de entrar para a faculdade”, comenta, com euforia, Miranda.

Os atuais engenheiros mecânicos de equipamentos da petrolífera começaram a fazer parte da equipe do laboratório, pelo programa de iniciação científica, ainda na graduação. Miranda ficou dois anos no LTAD e Freitas, sete. Eles participaram de projetos de pesquisas ao lado de engenheiros e frequentaram reuniões com representantes de indústrias e pesquisadores da unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

"Aprender a aprender". Esta foi a definição dada por Freitas, ex-aluno da UFU, ao falar do tempo que passou no laboratório. “Quando entramos em um laboratório, que tem parceria com a iniciativa privada, passamos a conhecer na prática os processos de PD&I. A experiência permite ao aluno se desenvolver muito mais rápido que aquele aluno que não passa pela experiência oferecida pela iniciação científica”, completa ele.

Para a professora e pesquisadora da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec/UFU) Rosenda Valdés Arencibia, a experiência adquirida na iniciação científica vai além de melhorar o aprendizado. Ela permite ao aluno assimilar novos conhecimentos importantes na formação do novo profissional e para crescimento como indivíduo. “Tive um aluno de IC, que iniciou suas atividades no quarto período da graduação. Era um menino tímido, porém ávido por conhecimento. Quando falava ‘bom dia’, às vezes, não dava para escutar. Minha maior satisfação nos anos que trabalhou comigo foi ver seu crescimento, não só profissional, mas também na ordem pessoal, nas relações com os colegas e com o professor”, completa a professora e pesquisadora do LTAD.

O LTAD, que compõe a Unidade Embrapii/Femec UFU no Brasil, se destaca pela participação em pesquisas nos setores mineral e de energia, com destaque para a área de óleo e gás, além de atender aos mercados da agroindústria, da metalurgia e de setores automotivos.

O laboratório é formado por uma equipe de 50 pessoas, entre pesquisadores, professores, alunos e profissionais contratados. São mais de 20 anos conectado com a indústria nacional e as outras unidades de desenvolvimento tecnológico no Brasil e na Europa. “Agora, dentro da Petrobras, vejo ainda mais a importância dos projetos que realizamos no laboratório, sabendo um pouco mais sobre a aplicação prática e relevância dos nossos estudos para auxiliar a Petrobras”, completa Carlos Eduardo Borges Miranda.

O LTAD compõe a unidade Femec/Universidade Federal de Uberlândia tecnologia metal mecânica de PD&I credenciada pela Embrapii juntamente com o laboratório de soldagem, Laprosolda. A Embrapii atua no incentivo ao desenvolvimento tecnológico junto às indústrias, unindo quem produz com quem desenvolve conhecimento e inovação tecnológica.

O credenciamento da unidade Femec/UFU tecnologia metal mecânica confirma o elevado nível das pesquisas científica e tecnológica desenvolvidas nos dois laboratórios que formam a unidade. Este ano, o LTAD já soma 15 projetos em desenvolvimento e cada contrato tem pelo menos um aluno da universidade. “É nesse ambiente que envolvemos os alunos do Programa de Iniciação Científica. Nossos objetivos são oferecer mais conhecimento e oportunidades para nossos alunos, formando profissionais de referência, e ajudar o país a se tornar cada vez mais competitivo”, completa Henry Fong Hwang, engenheiro do LTAD.

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