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Iniciação Científica

Estudantes analisam materiais para proteger dentes

Pesquisas avaliam melhores métodos para confecção de placas estabilizadoras quando associadas a fatores corrosivos, como o refluxo

Publicado em 11/12/2023 às 12:26 - Atualizado em 11/12/2023 às 17:34

Arte: Yasmin Jaber

Para além de desenvolver pesquisas buscando a identificação de pacientes com bruxismo e a apresentação de recomendações para esse grupo, os estudos desenvolvidos na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também buscam orientar os profissionais da área odontológica quanto aos tratamentos mais adequados.

É nesse cenário que docentes da Escola Técnica de Saúde (Estes), em parceria com docentes da Faculdade de Odontologia (FO), ambas da UFU, buscam avaliar, dentre as placas estabilizadoras, quais seriam os melhores materiais para sua confecção quando associados a fatores de desgaste, como o refluxo gastroesofágico.

Entre os trabalhos desenvolvidos nesse campo, dois deles, de iniciação científica (IC),  tiveram reconhecimento em eventos da universidade. A análise realizada pela orientada Júlia Marques Martins recebeu premiação de melhor iniciação científica da UFU no III Seminário de Pesquisa e Inovação, enquanto a pesquisa da orientada Pietra Sanitá Michelin teve menção honrosa na Jornada Odontológica da UFU (JOUFU).

Mas, antes de tudo, você sabe o que é bruxismo, refluxo e qual a importância de estudar maneiras de controle e tratamento quando esses dois fatores estão associados?

O bruxismo é um transtorno no qual a pessoa aperta ou range os dentes de forma repetitiva. A preocupação com essa tensão constante acontece pois esse tipo de atividade pode causar diversas lesões e, inclusive, o desgaste severo dos dentes da pessoa.

O refluxo, por sua vez, é uma doença na qual os ácidos do estômago retornam de maneira involuntária e repetitiva ao esôfago. Nesse sentido, quando esses ácidos entram em contato com a cavidade bucal o desgaste dental acontece de forma acelerada devido às características corrosivas desse conteúdo estomacal.

O problema dessa combinação de condições, para além de impactar na qualidade de vida do paciente, é que esse fator pode afetar no próprio tratamento. A técnica e abordagem de controle não invasivo mais comumente utilizadas na atualidade são as placas estabilizadoras oclusais, que podem ser confeccionadas em diferentes materiais e por diferentes técnicas tanto artesanais como de forma digital e que podem ser impactadas pela corrosão desses ácidos estomacais

Imagem das placas estabilizadoras
O material utilizado para testes é confeccionado na Estes. (Fotos: Morgana Silverio)

Infelizmente, o processo para a confecção da melhor peça possível apresenta pouca base teórica quando consideramos este desgaste. Observando essa problemática, Pietra Sanitá Michelin, analisou as propriedades de diferentes materiais para confecção de placas de bruxismo enquanto Júlia Marques Martins examinou a influência de diferentes técnicas de polimerização de placas oclusais, ambas considerando o fator corrosivo.

Imagem de Pietra e Júlia nos respectivos eventos de premiação
Pietra e Júlia, respectivamente, seguem na área acadêmica motivadas por suas experiências nas ICs. (Fotos: Arquivos pessoais)

As pesquisas já foram finalizadas em todas as suas etapas e os artigos serão publicados à comunidade externa no próximo ano.

Os trabalhos foram realizados sob orientação da professora Morgana Guilherme de Castro Silverio (Estes), e co-orientação do docente Alexandre Coelho Machado (Estes) para ambas. Pietra contou também com a co-orientação da professora Germana de Villa Camargos (FOUFU).


 

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Palavras-chave: Bruxismo Placas ESTES FOUFU pesquisa

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