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Educação

UFU celebra lançamento da segunda edição do Cecampe-Sudeste com foco em educação indígena e quilombola

Com a presença de pesquisadoras na área, evento on-line anunciou termo de execução válido por mais quatro anos

Publicado em 18/12/2023 às 12:29 - Atualizado em 23/12/2023 às 09:27

Webinar 'Educação Quilombola, Indígena e PDDE: Caminhos e Diálogos'. (Arte: Divulgação)

Ocorreu na noite da última quinta-feira (14) o “Webinar - Educação Quilombola, Indígena e PDDE: caminhos e diálogos”, no canal do YouTube do Centro Colaborador de Apoio ao Monitoramento e à Gestão de Programas Educacionais (Cecampe-Sudeste). O evento marcou o lançamento da segunda edição do programa, com a consolidação de um novo Termo de Execução Descentralizada (TED), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Uberlândia (Proexc/UFU), com duração de quatro anos e foco na educação quilombola e indígena. 

Os Cecampes estão vinculados a universidades parceiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e tem como objetivo principal desenvolver ações de ensino, pesquisa e extensão para o apoio a instituições públicas de educação básica da região, que fazem parte do Projeto Dinheiro Direto na Escola (PDDE), programa federal do Ministério da Educação (MEC). 

Existem no Brasil cinco Cecampes, um para cada região do país. A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) passou a sediar o Cecampe-Sudeste, no fim de 2020, e desde então baseia seus procedimentos em três princípios: gestão democrática, equidade e educação social e etnicamente referenciada. 

Visando abranger os princípios básicos do Cecampe-Sudeste e também o foco dos próximos quatro anos de atuação, o webinar teve como principais convidadas  Eunice Tapuia, doutoranda em Direitos Humanos do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (PPGIDH/UFG), liderança do povo indígena Tapuia do Carretão e professora indígena; e Givânia Maria da Silva, professora quilombola,  mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação, doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) e associada à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN); além de membros do FNDE.

Um dos principais pontos abordados pelas palestrantes foi a invisibilidade que ambas comunidades enfrentam em relação a políticas educacionais no país, que mesmo quando bem estruturadas, na prática, não abrangem de fato esta parcela da população. Givânia reiterou a importância do Cecampe-Sudeste em relação à educação quilombola, já que Minas Gerais, estado sede do Cecampe-Sudeste, possui a terceira maior população quilombola do país, de acordo com o Censo Demográfico Brasileiro, realizado em 2022, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação à temática indígena abordada no webinar, Eunice Tapuia apontou as falhas no ensino brasileiro quando se trata dos povos originários, em que há pouca preparação e formação dos profissionais para lecionar sobre o tema, e que os materiais didáticos não trazem de fato quem são os povos indígenas do Brasil, criando estereótipos que afetam diretamente a vivência destes povos.


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Palavras-chave: Cecampe Sudeste PDDE educação indígena educação quilombola

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