Pular para o conteúdo principal
Leia Cientistas

Pesquisa aponta fatores ligados à readmissão hospitalar na enfermaria de psiquiatria do HC/UFU

Novas internações podem ser evitadas com alternativas como oficinas terapêuticas para grupos com maiores riscos

Publicado em 27/09/2024 às 15:32 - Atualizado em 01/10/2024 às 15:02

Imagem: Freepik

Com a Lei da Reforma Psiquiátrica, teve início o fechamento gradual de hospícios e manicômios no Brasil, dando foco maior aos métodos extra-hospitalares de tratamento de pacientes portadores de transtornos mentais, como rodas de conversas, interdisciplinaridade em serviços comunitários de saúde mental e oficinas terapêuticas. A internações psiquiátricas passaram a ser a última medida de intervenção. Entretanto, ainda há um número significativo de pacientes que necessitam de internação e de indivíduos que são readmitidos na enfermaria de psiquiatria em menos de um ano. Isso mostra que ainda existem medidas a serem tomadas para prevenção dessas reinternações e, para isso, é importante conhecer os fatores de risco de novas internações para criar meios de evitá-las.

Em minha pesquisa de Iniciação científica, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (CEP/UFU) e realizada entre os anos de 2023 e 2024, levantamos e analisamos os dados de prontuários eletrônicos de pacientes com idade superior a 17 anos, que estiveram internados entre os anos de 2018 e 2019 na enfermaria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

Para a análise dos dados, os indivíduos foram separados em dois grupos: o grupo com apenas uma internação registrada entre 2018 e 2019 e o grupo com mais de uma internação psiquiátrica no mesmo intervalo de tempo. Os resultados mostraram que os pacientes com mais de uma internação eram predominantemente mais jovens, pardos e com duração maior da primeira internação. Também foi identificado que não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao sexo, estado civil e profissão.

Com os dados encontrados, medidas como oficinas terapêuticas voltadas para grupos de maior risco, podem ser uma aposta para diminuir o número de reinternações psiquiátricas, reduzindo os gastos públicos com internações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

 

* Loueiny Amaro Honda é discente do curso de Medicina da UFU. 

** Ricardo José Victal de Carvalho é orientador do trabalho, docente da Faculdade de Medicina (Famed/UFU).  

 

A seção "Leia Cientistas" reúne textos de divulgação científica escritos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). São produzidos por professores, técnicos e/ou estudantes de diferentes áreas do conhecimento. A publicação é feita pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU), mas os textos são de responsabilidade do(s) autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião da UFU e/ou da Dirco. Quer enviar seu texto? Acesse: www.comunica.ufu.br/divulgacao. Se você já enviou o seu texto, aguarde que ele deve ser publicado nos próximos dias. 

 

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

 

Palavras-chave: saúde Medicina psiquiatria reinternação Ciência Leia Cientistas

A11y