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Extensão

Estudantes de Medicina da UFU, em parceria com a Escola Técnica de Saúde, realizam conscientização sobre dengue no Parque do Sabiá

Evento 'Dengue: um encontro sem você' orientou mais de 100 visitantes do local

Publicado em 02/12/2024 às 15:10 - Atualizado em 04/12/2024 às 17:28

Evento reproduziu de forma controlada a proliferação e o ciclo de vida do mosquito. (Foto: Wender Araújo)

 

Aconteceu, no dia 26 de outubro, no Parque do Sabiá, a atividade “Dengue: um encontro sem você”, um momento de sensibilização e conscientização da população uberlandense sobre os riscos da doença. Mais de 100 visitantes do parque puderam conferir o evento, que consistiu em um circuito de quatro estações, em que o público iria conhecer diversos aspectos sobre o mosquito Aedes aegypti. A ação foi realizada por estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), participantes da International Federation of Medical Students Associations (IFMSA), em parceria com a Escola Técnica de Saúde (Estes/UFU), da qual a coordenadora da IFMSA, Marília Rodrigues Moreira, é docente.

Os estudantes montaram as estações no Espaço Saúde do Parque do Sabiá e atenderam a população das 8 às 12 horas. As estações consistiam em: 

  • Só Acredito Vendo: foram mostrados ovos, larvas e pulgas do mosquito em microscópios, bem como exemplares do mosquito adulto;
  • Ciclo de Vida: a população foi convidada a montar a sequência correta do ciclo da vida do mosquito - ovos, pupa, larva e mosquito;
  • Está em Todo Lugar: foi demonstrado que o mosquito pode se proliferar tanto na água limpa, quanto na suja;
  • Mito x Verdade: as pessoas eram convidadas a responder afirmações sobre o mosquito, apontando se eram mito ou verdade:
    - o mosquito da dengue só pica durante o dia (mito);
    - a dengue hemorrágica é a forma leve da doença (mito);
    - o ovo do mosquito da dengue pode ficar 450 dias mesmo sem água (verdade);
    - o mosquito pode se proliferar em água suja (verdade).

Wender Araújo Silva é estudante de Medicina da UFU e entrou como trainee na IFMSA Brazil UFU no Comitê Permanente de Saúde Pública (Standing Committee on Public Health - SCOPH), se tornou coordenador local em julho; posteriormente, assumiu o cargo de diretor local de Programas e Atividades (LPA-D), e hoje é presidente local interino. Ele explicou que a parceria do projeto com a Estes começou graças à docente Marília Rodrigues Moreira, mas que logo o grupo tomou conhecimento do trabalho realizado pelo professor João Carlos de Oliveira, que possui um projeto de monitoramento do mosquito nos campi da UFU, e do IFTM, de Uberlândia.

 

Foto de pessoas olhando no microscópio
Visitantes tinham contato com equipamentos de laboratório para observar ovos, larvas e pupas no microscópio. (Foto: Cecília Palis)

 

Wender comentou com satisfação que percebeu um impacto positivo da atividade na visão da população sobre o mosquito. Ele relatou alguns dados obtidos na comparação entre um formulário prévio e outro aplicado, após a realização da atividade. Antes do evento, 97% das respostas apontavam que entendiam o combate a dengue como sendo muito importante, mas apenas 51% consideraram que se dedicavam ao máximo a ele em suas casas e somente 34% manifestaram achar muito relevante incentivar os amigos à cuidar também. 

Já após a participação no evento, 80% das pessoas disseram que passarão a se dedicar muito mais aos cuidados de prevenção à dengue em suas casa, e 87% que irão incentivar os amigos e conhecidos a cuidar também. 

O estudante revelou um episódio ocorrido durante as interações que teve com o público: “Uma moça me respondeu: 'Eu já tenho 40 anos; já vi muito mosquito na minha vida'. Fiquei pensando como muita gente já viu muitos mosquitos por aí, sejam da dengue ou não, e mesmo assim foram saber mais, até porque ver um mosquito não te protege de contrair a dengue."

 

Foto de interação dos participantes com o jogo 'Mito x Verdade'
O jogo 'Mito x Verdade' testava os conhecimentos dos visitantes sobre o que foi explicado nas outras etapas. (Foto: Wender Araújo)

 

José Augusto, ex-aluno do curso de Geografia da UFU, foi um dos visitantes da atividade e comentou a respeito da importância de projetos como este. “A divulgação desse tipo de conhecimento é essencial para a prevenção e o combate à doença, que se tornou um grande problema de saúde pública no Brasil. E o conhecimento é uma das principais ferramentas de combate a sua disseminação”, avaliou. 

Estudante de Saúde Coletiva e estagiária da Sala Verde, Cecília Palis manifestou a satisfação por ver um evento como este, como uma pessoa que também trabalha com saúde e educação ambiental, e ressaltou o papel da população no trabalho de combate ao mosquito: “Educação e mobilização social em saúde são extremamente importantes, ainda mais com atividades de prevenção de doenças, não apenas de diagnóstico ou tratamento. A população é essencial para o combate de muitas doenças infecciosas, como a dengue e outras arboviroses, pois muitas vezes hábitos domiciliares podem gerar um criadouro do Aedes.

Sobre o futuro, Wender disse que se sente muito feliz de saber que está organizando algo que pode mudar a vida de pessoas e ajudar e diminuir a incidência do mosquito, tendo em vista que atividades de mobilização social, como essa, fazem parte dos objetivos da IFMSA Brazil UFU. 

 

 

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Palavras-chave: dengue Parque do Sabiá Medicina ESTES

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