Pular para o conteúdo principal
Equidade

UFU inicia atividades do 'Mês da Mulher'

Palestras e um talk-show marcaram a abertura da programação

Publicado em 11/03/2025 às 15:47 - Atualizado em 11/03/2025 às 17:12

Homenagem pelo 'Dia Internacional da Mulher'. (Foto: Milton Santos)

 

O mês de março será dedicado a elas: as mulheres que construíram e constroem a história da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Na tarde da última segunda-feira, 10, na Sala de Reuniões dos Conselhos Superiores, no Campus Santa Mônica, aconteceu o talk-showAções para garantir o trabalho, estudo e pesquisa das mulheres na UFU”. A atividade reuniu seis mulheres, que abordaram suas trajetórias na universidade, além dos desafios pessoais.

Conduzida por Renata Neiva, jornalista da UFU e assessora especial da Reitoria, a atividade foi iniciada com a fala da vice-reitora Catarina Azeredo, que destacou a importância de promover ações para a igualdade de gênero na instituição. “Para nós, esse 'Dia Internacional das Mulheres' - eu vou usar no plural, porque nós somos muitas e nós somos muito diversas - é uma data que a gente tem que, obviamente, reconhecer os avanços que a gente já fez, mas entender que a gente ainda tem muito para caminhar. Nós somos a maioria dessa universidade. Então, não estamos falando aqui de um grupo minoritário, nós somos a maioria dessa universidade e, portanto, a gente precisa de ações e políticas pensadas por nós, para nós, e não mais pensadas por homens”, refletiu.

Apesar de ser a maioria na universidade, como levantado pela vice-reitora, a galeria de ex-reitores da UFU escancara a desigualdade de gêneros nos cargos de gestão da universidade. “Naquela galeria de fotos tem 14 fotos; vão ter mais duas, vão ter 16 fotos de homens; eu acho que a galeria explica a desigualdade. A universidade tem 47 anos, [...] talvez daqui a 100 anos exista uma maior paridade nessa galeria. Eu quero ver ex-reitoras naquela galeria, e não apenas ex-reitores”, enfatizou o reitor da UFU, Carlos Henrique de Carvalho. 

Os gestores da UFU apresentaram algumas das ações desenvolvidas para a equidade de gênero.

  • Instalação de fraldários nos banheiros femininos e masculinos;
  • Melhoria da segurança no entorno dos campi da UFU, em parceria com a Polícia Militar;
  • Melhoria na iluminação dos campi da UFU nos pontos mais escuros e desertos;
  • Garantia do acesso ao Restaurante Universitário (RU) para as mães com filhos(as) de até 5 anos de idade;
  • Prioridade no atendimento psicopedagógico para estudantes-mães com filhos de até 2 anos, especialmente aquelas que são beneficiárias dos programas da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae);
  • Implementação do selo 'UFU por Elas', para destacar as ações desenvolvidas para a equidade de gêneros na universidade.

Após as falas de abertura, a professora Ligia Coralina Oliveira Silva, do Instituto de Psicologia da UFU, apresentou o livro “Mulher, isso tem NOME – um guia científico para combater a discriminação de gênero nas carreiras”. A obra consiste em um manual com diversas situações de preconceito e discriminação enfrentados pelas mulheres, principalmente no ambiente de trabalho. O livro foi desenvolvido pelo grupo de estudos Trabalhando com as Marias. Além de Lígia, são organizadoras da produção: Elziane Bouzada Dias Campos, Lorena Amorim Piedade e Deniel Gomes Frutuoso. 

Seguindo as atividades, seis mulheres foram convidadas para o talk-showAções para garantir o trabalho, estudo e pesquisa das mulheres na UFU”, em que abordaram a importância da representatividade feminina em nossa universidade.

 

“A representatividade importa para mim, porque a gente precisa se enxergar. A gente precisa se enxergar enquanto ser. [...]. É um ato contra essa sociedade estruturada no machismo, numa misoginia, no sexismo. Então, a representatividade importa para que possamos ser, porque a sociedade ainda não nos considera assim.”

Jaciara Rodrigues França, técnica administrativa.

 

“Porque só, muitas vezes, uma mulher consegue pensar e entender certas coisas que são e que nos tocam.”

Neiva Flávia de Oliveira, professora da Faculdade de Direito e presidente da CPMulheres.

 

“Eu penso muito na questão dos acessos, porque a gente reproduz pelo convívio que a gente tem, a gente reproduz as cinco consciências ou personalidades que a gente tem mais próximo da gente.”

Apoena Reis, estudante do curso de Música.

“Eu acredito que a representatividade importa, porque nós, mulheres, precisamos ter voz de forma igualitária aos homens.”

Tayana Mazin Tsubone, professora do Instituto de Química.

 

“A representatividade importa porque gera pertencimento, gera o sentimento de fazer parte. Nós temos lugares de fala e o nosso lugar de fala, ele implica na promoção de representatividade, de pertencimento e de identidade.” 

Jane Maria dos Santos Reis, coordenadora de extensão do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Diretoria de Estudos e Pesquisas Afrorraciais da Universidade Federal de Uberlândia (NEAB-UFU).

 

“A representatividade, ela é importante exatamente para mulheres como eu, que ainda têm perspectiva do futuro. É muito importante ver mulheres ocupando espaços de poder”. 

Júlia Ferreira Vasconcelos, estudante do curso de Direito e coordenadora discente do projeto Acolhidas.

 

 

Abertura

As atividades do “Dia Internacional da Mulher” iniciaram na manhã desta segunda-feira, 10, no Campus Umuarama, com duas palestras. A advogada e planejadora financeira numa perspectiva antirracista Cleicia Regina abordou a temática “Mulheres no mercado de trabalho: desafios e transformações financeiras” e a administradora e pedagoga Raquel Moura falou sobre “Mulheres na lei trabalhista, temos algo a comemorar?".

As palestras foram transmitidas ao vivo pelo canal da UFU no YouTube - veja, abaixo.

 

Confira, também, as galerias com os registros das atividades.

As comemorações dedicadas a elas acontecem em todos os campi da UFU, durante este mês de março. A programação está disponível para acesso no nosso portal.

 

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica.

 

Palavras-chave: Dia da Mulher Dia internacional da Mulher Mulheres mês da mulher

A11y