Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros realiza missão em África

Uma equipe do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Diretoria de Estudos e Pesquisas Afrorraciais da Universidade Federal de Uberlândia (Neab/Diepafro/UFU) está em missão de trabalho na Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), em Moçambique, para acompanhar o projeto “Formação intercultural em estudos afro-brasileiros e africanos: conexões entre Brasil e Moçambique”.

Na segunda-feira, 21, o reitor da UPM, Jorge Ferrão, e sua equipe receberam as professoras Ivete Almeida, do Instituto de História (Inhis/UFU), e Camilla Soueneta Nganga, da Faculdade de Ciências Contábeis (Facic/UFU), acompanhadas pelo professor José Benedito Almeida Junior, do Instituto de Filosofia (Ifilo/UFU). “Possibilidades de parcerias foram discutidas, mostrando que essa conexão e esse diálogo entre a UFU e a UPM podem ainda surtir produção e o desenvolvimento de novos projetos e novas pesquisas”, conta Almeida.

A missão, que envolveu também visita a escolas secundárias em Maputo e outras atividades acadêmicas, ocorreu em um momento estratégico, entre a primeira e a segunda etapa do projeto. Desde o início do ano, seis estudantes de pós-graduação da UFU estão em intercâmbio na UPM, graças ao Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do Ministério da Igualdade Racial (MIR).

“Três estudantes já completaram seus estágios aqui e ainda temos três bolsistas que continuarão até junho. No momento em que realizamos essa missão, todos os seis puderam mostrar o estágio da pesquisa e o quanto avançaram. Foi nítido que esse período aqui em Moçambique possibilitou não só o contato com a cultura e a vivência no país, mas principalmente mais conhecimento sobre a produção acadêmica daqui, sobre as soluções técnicas e tecnológicas que agora estão inspirando nossos estudantes”, avalia Almeida.

O projeto, que conta também com a participação da professora Cristiane Coppe, da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip/UFU), prevê outros três editais de seleção para pós-graduandos pretos, pardos e indígenas (PPI), em 2025, 2026 e 2027, com o objetivo de desenvolver estudos, pesquisas e trocas de conhecimentos e experiências entre estudantes dos dois países. 

Almeida ressalta que os editais são abertos a programas de pós-graduação de todas as áreas de conhecimento. “Essa decisão de abrir para todas as áreas e programas de pós-graduação da UFU é uma decisão das coordenadoras do projeto. Nosso objetivo é também conversarmos com as coordenações dos cursos de pós-graduação, divulgarmos essa possibilidade para nossos estudos pretos, pardos e indígenas. Desejamos que estudantes com esse perfil possam ser beneficiados com esse edital”, finaliza.

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