Publicado em 30/05/2025 às 10:48 - Atualizado em 16/06/2025 às 08:44
A Associação Afro-Estudantil de Uberlândia (AEU), em parceria com o Programa de Formação para a Internacionalização da Universidade Federal de Uberlândia (Proint/UFU), promove no dia 13 de junho o evento “Dia da África - Conexões, Cultura e Memória”. O encontro será no Anfiteatro do Bloco 3Q do Campus Santa Mônica, e conta com palestras, comidas típicas africanas e apresentações, sendo gratuito e para todos os públicos.
O objetivo do evento é exaltar a diversidade histórica, social e cultural dos povos africanos que moram em Uberlândia, valorizando as identidades afrodescendentes que se relacionam fortemente com o Brasil. Além disso, o intuito é ser um espaço de troca e encontros da comunidade africana com a UFU e Uberlândia, compartilhando vivências e conhecimento.
Serigne Abdou, presidente da Associação Afro Estudantil e um dos responsáveis pelo evento, vê o encontro como uma oportunidade para o intercâmbio de saberes e um jeito de colocar as pessoas em proximidade com a cultura afro . “Às vezes as pessoas veem a África como um país, mas são vários países onde têm várias culturas. O evento vai ser um lugar para que as pessoas tenham um pouco informação sobre a África, além de ser um lugar de troca”, diz Abdou.
Em 25 de maio de 1963 foi criada a Organização da Unidade Africana (OUA), a primeira instituição continental pós-independência de diversos países africanos, quando alguns países ainda estavam conseguindo sua libertação dos seus estados de colônia. A criação da OUA visava a união, democracia, igualdade e liberdade contra a colonização europeia, pois nações como Angola e Moçambique ainda não tinham sua independência.
A professora e palestrante, Ivete Almeida, destaca que celebrar o Dia da África em uma universidade pública é fundamental para a formação de profissionais de excelência. “Esses profissionais precisam compreender as relações políticas, culturais e sociais que nos cercam”, afirma. Ivete lembra que muitos países do continente ainda eram colônias naquele período, e que o processo de libertação foi impulsionado pela própria OUA (hoje chamada apenas de União Africana). “Em apenas 62 anos, os países africanos caminharam muito, mesmo com desafios semelhantes aos nossos, aqui no Brasil, que é independente há mais de 200 anos e ainda enfrenta profundas desigualdades”, compara. Para ela, é crucial que a universidade esteja conectada com os acontecimentos globais, especialmente com o continente africano.
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Palavras-chave: Dia da África Evento Conexões Cultura e Memória
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