Publicado em 28/11/2023 às 09:07 - Atualizado em 29/11/2023 às 11:05
O Uberlândia Summit, realizado nos dias 22 e 23 de novembro, foi considerado o maior evento com foco em conexão entre quem desenvolve pesquisas e projetos de Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e quem busca inovar para se fortalecer no mercado, empresas de um lado e Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs) faça outro.
O momento de interação foi criado por voluntários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e de universidades particulares que formaram o grupo das ICTIs de Uberlândia e região, voltado às Soluções Tecnológicas e Empreendedorismo (STE). O que chamou a atenção foi a participação, não apenas de pesquisadores e professores, como também de alunos de pós-graduação da UFU que apresentaram projetos prontos para irem pro mercado. “Foi muito bom também o evento sobre a perspectiva de colocar alunos de pesquisa e pesquisadores em um mesmo cenário. Ficamos diante de possíveis compradores, possíveis incentivadores em transformar as ideias, a pesquisa, em negócios de sucesso”, comentou Thiago Quirino, aluno da pós-graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec) da UFU.
O professor da UFU e pesquisador da Unidade Embrapii Femec UFU, Arthur Fiocchi apresentou um projeto de sucesso em parceria com uma indústria e fez palestra sobre o cenário nacional em inovação tecnológica e as linhas de fomento com recursos desburocratizados e a fundo perdido para parcerias público-privada. “A repercussão de nossa participação no evento foi muito boa, ocorreu um momento de networking. Após as apresentações, empresas e startups da cidade nos procuraram, discutimos parcerias, dentro das competências, e saímos do evento com aproximação para iniciar projetos de pesquisa no início de 2024”, acrescenta o pesquisador Arthur Fiocchi. De acordo com o professor da UFU, o evento ainda proporcionou maior integração de outras unidades acadêmicas da UFU e até mesmo de universidades do estado de São Paulo, que se interessaram em somar às parcerias com projetos de PD&I.
Foram feitas 15 apresentações de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação públicas e privadas, além de palestras sobre organizações que apoiam pesquisas, com recursos a fundo perdido e com linhas desburocratizadas. “Foi muito gratificante encontrar com colegas de diferentes faculdades, principalmente da UFU, que foi a participante mais forte. O evento quebrou paradigmas, do medo que existe, de dificuldade de comunicação da indústria com a escola, abriu portas para empresas e escolas se mostrarem”, completa Mauro Paipa, coordenador da Faculdade Anhanguera Uberlândia.
No final dos pitchs de inovação foi realizada uma roda de conversa com representantes dos setores que estão envolvidos no fomento de PD&I em parceria público-privada e com captadores de projetos para desenvolvimento de inovação. Durante uma hora e meia eles apresentaram caminhos jurídicos para captação de recursos, casos de sucesso e iniciativa de empresas que captam projetos. Lívia Tizzo, do setor de inovação digital da Braskem, destacou a importância de fomentar a inovação aberta, especialmente entre startups e grandes empresas e ICTs para o desenvolvimento de grandes empresas. “A gente acredita muito nesse movimento e a gente vai estar sempre envolvido nisso dentro da nossa estratégia. Esse tipo de relação acelera muito os resultados desejados acerca do mundo da inovação”, completa Lívia Tizzo.
Para o diretor de inovação da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), Bruno Gregório, não faltam demandas para PD&I, o maior desafio está em conectar a iniciativa privada com a iniciativa pública, universidades e os centros de pesquisa para desenvolverem projetos de inovação. “Nós estamos começando a ter esse resultado, eu acho que usar todas as inovações, com a governança, com o trabalho que nós estamos executando em conjunto, nós vamos ter um potencial gigante pela frente, e o Uberlândia Summit conseguiu juntar as ICTIs, as startups, as entidades que promovem inovação”, disse o diretor de inovação da Aciub.
A roda de conversa teve também a participação da Fundação de Apoio Universitário (FAU), instituição criada legalmente há 40 anos para realizar a gestão financeira dos contratos de parceria entre ICTIs públicas, empresas e prestações de serviços. O diretor da FAU, Rafael Visibelli, destacou a evolução da quantidade e complexidade dos contratos firmados nos últimos dez anos. “Ao longo desse tempo, houve uma transformação significativa e as fundações não só abordam as suas responsabilidades na parte burocrática, mas agora também a gente desempenha um papel muito importante, mais ativo, na proposição de parcerias, na divulgação científica, na transparência, na transferência de tecnologia e no desenvolvimento de estratégias para a ciência, tecnologia e inovação no país. Elas são vitais para esse cenário, no avanço e na aplicação prática do conhecimento científico para toda a comunidade e para o progresso científico e tecnológico e para a economia do Brasil”, completa o diretor da FAU.
Entre as organizações que apoiam as parcerias público-privada com universidades e ICTIs o coordenador da Unidade Embrapii Femec UFU apresentou as modalidades de aporte financeiro a fundo perdido e os setores atendidos. O coordenador, Louriel Vilarinho, destacou a troca de experiências e oportunidade de conhecer melhor e mais de perto as necessidades de PD&I das indústrias de Uberlândia e região. “Mesmo não sendo possível estabelecer parcerias num primeiro momento, as empresas foram direcionadas para contato mais alinhado dentro da rede Embrapii e aguardo ansioso os próximos eventos, para todo Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Goiás, Leste do Mato Grosso e Oeste Paulista”, conclui o coordenador da Unidade Embrapii Femec UFU.
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Palavras-chave: Summit inovação Tecnologia Parceria Ciência Evento Pós-graduação pesquisa
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