Publicado em 02/06/2025 às 11:47 - Atualizado em 09/06/2025 às 13:17
O mercado de trabalho formal de Uberlândia mantém trajetória ascendente em 2025. Dados do Boletim Mensal do Emprego, elaborado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), com base no Novo Caged [sigla de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados}, revelam a criação de 590 novos postos de trabalho em abril, representando aumento de 39% em comparação aos 424 empregos gerados em março.
A economia uberlandense apresentou crescimento em quatro dos cinco grandes setores econômicos durante o mês de abril. O setor de Serviços liderou a geração de empregos, com 254 novos vínculos, seguido pela Agropecuária (179), Construção Civil (174) e Comércio (48). Apenas a Indústria registrou desempenho negativo, com redução de 62 postos de trabalho.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2025, Uberlândia contabiliza 2.357 novos empregos formais. O setor de Serviços apresenta o melhor desempenho com 868 novos postos, seguido por Construção (710), Agropecuária (434), Comércio (195) e Indústria (153).
A análise dos últimos 12 meses (maio/2024 a abril/2025) revela um cenário diferente, com o Comércio liderando a geração de emprego (1.380 postos), seguido pela Construção (996), a Indústria (855) e a Agropecuária (502). O setor de Serviços, apesar do bom desempenho recente, acumula saldo negativo de 889 postos nos últimos 12 meses.
Os dados estratificados por porte de empresa evidenciam a importância das microempresas e microempreendedores individuais (MEIs) para o mercado de trabalho local. Em abril, esses pequenos negócios geraram 726 novos postos, enquanto grandes empresas contribuíram com 83 vagas. Em contrapartida, pequenas e médias empresas apresentaram redução de 16 e 202 vagas, respectivamente.
O cenário é ainda mais expressivo no acumulado do primeiro quadrimestre, quando MEIs e microempresas já criaram 2.556 vagas, pequenas empresas 307, médias 114, enquanto grandes empresas fecharam 620 postos de trabalho.
Nos últimos 12 meses, os números reforçam essa tendência: MEIs e microempresas criaram 5.732 empregos, empresas de médio porte geraram 203, enquanto grandes corporações eliminaram 1.617 postos e pequenas empresas reduziram 1.475 posições.
A análise por faixa etária aponta que jovens entre 18 e 24 anos foram os mais beneficiados pela abertura de vagas em abril, com saldo positivo de 375 empregos. Os dados mostram ainda que todas as faixas etárias apresentaram saldo positivo no mês.
Em relação ao gênero, homens conquistaram 366 novas posições em abril, enquanto mulheres ocuparam 224 vagas. Quanto à escolaridade, profissionais com ensino médio completo representaram a maior parte das contratações: 174 vagas para homens e 274 para mulheres. Destaca-se também a contratação de 38 mulheres com nível superior completo.
O salário médio real de admissão em abril alcançou R$ 2.158, representando aumento de 0,9% em relação a março (R$ 2.140). A análise setorial dos salários de contratação revela disparidades significativas: Serviços (R$ 2.318), Indústria (R$ 2.171), Agropecuária (R$ 2.114), Construção (R$ 2.078) e Comércio (R$ 1.878).
No primeiro quadrimestre de 2025, os setores de Serviços e Comércio apresentaram crescimento real nos salários médios de admissão, com acréscimos de 4,94% e 2,23%, respectivamente. Já Agropecuária, Indústria e Construção registraram variações negativas no período.
Quanto ao porte das empresas, as grandes corporações oferecem os maiores salários iniciais (R$ 2.453), seguidas pelas médias (R$ 2.193), pequenas (R$ 2.039) e microempresas/MEIs (R$ 1.973). Destaca-se que, no acumulado do primeiro quadrimestre, os salários em empresas de grande porte cresceram expressivamente (+11,39%), enquanto as pequenas empresas apresentaram queda de 3,63%.
A análise por faixa etária evidencia progressão salarial conforme a idade: trabalhadores até 17 anos recebem em média R$ 1.090; entre 18 e 24 anos, R$ 1.804; de 25 a 29 anos, R$ 2.234; de 30 a 39 anos, R$ 2.455; de 40 a 49 anos, R$ 2.370; e de 50 a 59 anos, R$ 2.257.
Com saldo positivo de 2.845 empregos nos últimos 12 meses e 2.357 apenas no primeiro quadrimestre de 2025, Uberlândia demonstra consistência na recuperação do mercado formal de trabalho. Os resultados do quadrimestre inicial já representam 82,8% de todo o saldo acumulado no último ano, indicando potencial aceleração na criação de vagas para os próximos meses.
O próximo Boletim Mensal do Emprego, com dados referentes a maio de 2025, será divulgado pelo Cepes/UFU na última semana de junho.
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