Uberlândia registra leve recuperação no mercado de trabalho em janeiro, mas saldo ainda é negativo

O mercado de trabalho formal em Uberlândia apresentou sinais de recuperação em janeiro de 2025, embora o saldo geral de empregos ainda tenha sido negativo. De acordo com o Boletim Mensal do Emprego, divulgado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), foram 358 vagas fechadas - resultado da diferença entre 12.676 admissões e 13.034 desligamentos.

Apesar do número negativo, o resultado representa uma desaceleração significativa no fechamento de postos de trabalho em comparação com dezembro de 2024, quando o saldo ajustado foi de -3.172 vagas.

No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro de 2024 a janeiro de 2025), o cenário é mais otimista, com um saldo positivo de 3.037 empregos criados no município. 

Construção Civil e Indústria puxam a alta

Em janeiro, três dos cinco setores da economia analisados registraram saldo positivo de empregos em Uberlândia:

• Construção Civil: +371 vagas;
• Indústria: +281 vagas;
• Agropecuária: +46 vagas.

Já os setores de Serviços (-819 vagas) e Comércio (-237 vagas) apresentaram fechamento de postos de trabalho, contribuindo para o resultado negativo do mês. No acumulado dos últimos 12 meses, o Comércio foi o setor que mais gerou postos de trabalho: 1.406.

MEIs e Microempresas lideram geração de empregos

O boletim também analisou o desempenho do mercado de trabalho por porte de empresa. Em janeiro, os Microempreendedores Individuais (MEIs) e Microempresas foram os que mais geraram empregos, com um saldo de 491 vagas. As pequenas empresas também tiveram saldo positivo (+84 vagas).

Em contrapartida, as empresas de grande e médio portes registraram fechamento de postos de trabalho, com saldos de -912 e -23, respectivamente. No período de 12 meses, o destaque positivo é dos MEIs, com 5.988 empregos gerados.

Salário médio de admissão tem leve alta

O salário médio de admissão em Uberlândia, em janeiro de 2025, foi de R$ 2.092, representando um aumento de 1,2% em relação ao valor ajustado de dezembro de 2024 (R$ 2.068).

Entre os setores, os maiores salários médios de admissão foram registrados na Agropecuária (R$ 2.249), Serviços (R$ 2.193) e Indústria (R$ 2.189). O Comércio apresentou o menor salário médio de admissão (R$ 1.848).

Desafios por faixa etária e gênero

O estudo também revelou desafios específicos em relação à faixa etária e gênero dos trabalhadores. Em janeiro, a única faixa etária com saldo positivo foi a de "17 anos ou menos" (+64 vagas).

Já em relação ao gênero, foram criados 79 postos de trabalho para homens, enquanto 437 vagas ocupadas por mulheres foram fechadas.

Metodologia e fonte dos dados

Os dados utilizados no estudo são do Novo Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e foram analisados pelo Cepes/UFU.

O estudo considera os vínculos celetistas, a base de dados ajustada (incluindo declarações entregues fora do prazo) e o maior grau de instrução completo para a análise da escolaridade. Os salários foram corrigidos pela inflação utilizando o IPC-Cepes.

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