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Mercado

Uberlândia cria 988 empregos formais em junho e registra melhor saldo desde fevereiro

Resultado é puxado por agropecuária, serviços e microempresas; mulheres e jovens concentram maioria das novas vagas

Publicado em 06/08/2025 às 12:15 - Atualizado em 18/08/2025 às 14:45

Em 2025 foram geradas 3.385 novas vagas no mercado formal. (Imagem: Canva)

 

Uberlândia voltou a registrar sinais de recuperação na geração do emprego formal. Em junho de 2025, o município criou 988 vagas com carteira assinada, o melhor resultado desde fevereiro, segundo dados ajustados do Novo Caged, analisados pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU).

O saldo representa uma reversão de tendência em relação aos dois meses anteriores — abril e maio — e consolida o semestre com um total de 3.385 vagas criadas no mercado formal. No acumulado dos últimos 12 meses, Uberlândia registra 3.031 vínculos a mais.

 

 

A retomada veio puxada por setores tradicionais e pelas microempresas, além da força de trabalho jovem e feminina, que concentrou a maior parte das novas contratações. 

 

Jovens e mulheres lideram as contratações

Entre os grupos populacionais, o destaque foi para os jovens de 18 a 24 anos, com 478 novos empregos no mês. Essa faixa etária respondeu por quase metade do saldo total. 

Outro ponto de inflexão importante está relacionado ao gênero: as mulheres ocuparam 598 das 988 vagas geradas em junho, ultrapassando os homens, que somaram 390. O dado reforça uma tendência já observada em meses anteriores de maior inclusão feminina no mercado formal.

 

Pequenos negócios puxam a retomada

As microempresas e MEIs foram protagonistas na recuperação. Apenas esse segmento foi responsável por 763 novos postos de trabalho formais, representando mais de 77% do saldo total. Já as grandes empresas criaram 357 vagas. As pequenas, por outro lado, apresentaram desempenho negativo, com fechamento de 185 postos.

O setor de agropecuária surpreendeu positivamente, liderando a geração de empregos em junho, com saldo positivo de 337 vagas. Em seguida vieram serviços (+308), comércio (+248) e indústria (+123). A construção civil foi o único setor a registrar retração, com 28 postos fechados.

Apesar da recuperação pontual dos serviços em junho, no acumulado dos últimos 12 meses o setor ainda apresenta saldo negativo: −594 postos de trabalho. Já o comércio lidera com +1.769 empregos, sinalizando seu papel central na dinâmica econômica da cidade.

 

Salário médio recua, mas segue acima do piso nacional

O salário médio de admissão em Uberlândia ficou em R$ 2.177, valor já ajustado pela inflação. O número representa uma leve queda de 1,56% em relação a maio, quando a média foi de R$ 2.211.

Mesmo com o recuo pontual, o acumulado do ano ainda indica um avanço de 2,20% na remuneração de entrada. Os maiores salários continuam sendo pagos por grandes empresas (R$ 2.483) e no setor de serviços (R$ 2.336). Por outro lado, os menores valores estão entre os jovens até 17 anos (R$ 1.244) e os contratados por MEIs e microempresas (R$ 1.999).

A desigualdade salarial entre gêneros também persiste: as mulheres recebem menos que os homens em todos os níveis de escolaridade, com exceção dos analfabetos.

Todos os dados citados estão disponíveis no Boletim Mensal do Emprego de Uberlândia – Junho/2025, elaborado pelo Cepes. A publicação é atualizada mensalmente e traz uma análise detalhada da dinâmica do emprego formal na cidade.

 

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica.

 

Palavras-chave: CEPES Boletim do Emprego Uberlândia

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