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CIÊNCIA

Antena projetada na UFU oferece melhor desempenho para telecomunicações

Modelo compacto também é empregado em sistemas de satélites, radares e comunicações sem fio avançadas

Publicado em 08/12/2025 às 10:33 - Atualizado em 08/12/2025 às 10:45

As antenas de microfita, por serem compactas, leves e fáceis de integrar a diferentes equipamentos, são amplamente utilizadas em sistemas modernos de comunicação, incluindo satélites, radares e dispositivos sem fio (Imagem: Freepik)

Pesquisadores do Departamento de Telecomunicações da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia (Feelt/UFU), campus Patos de Minas, desenvolveram um novo modelo de antena de microfita, um tipo de antena plana, leve e compacta amplamente utilizada em sistemas modernos de comunicação, como satélites, radares e dispositivos sem fio. A inovação proposta pelos pesquisadores aprimora o desempenho desse tipo de antena, permitindo maior eficiência e melhor aproveitamento da faixa de operação. O artigo foi publicado na revista norte-americana IEEE Open Journal of Antennas and Propagation (OJAP).

A pesquisa foi idealizada pelo professor Renan Santos e desenvolvida como parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do aluno Natanael Sousa, do curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações. O projeto conta com uma colaboração estratégica com o Laboratório de Antenas e Propagação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos centros de pesquisa mais respeitados do país na área. 

“Essa parceria, liderada pelo professor Daniel C. Nascimento, pesquisador amplamente reconhecido no campo de antenas e micro-ondas, foi fundamental para a fabricação e caracterização experimental dos protótipos, permitindo que a proposta da UFU alcançasse um nível de rigor e qualidade compatível com os padrões internacionais”, afirma o professor. 

O estudo propõe uma nova configuração para antenas de microfita ao unir, pela primeira vez, duas técnicas que antes eram aplicadas separadamente, resultando em uma única antena capaz de operar em dupla polarização. Segundo o professor Renan Santos, o diferencial dessa abordagem é que a antena consegue transmitir e receber sinais em duas polarizações ao mesmo tempo, como se fosse capaz de “interpretar” ondas vibrando em direções diferentes. “Essa característica torna a comunicação mais estável, eficiente e menos suscetível a interferências”, destaca o pesquisador.

Essa nova antena apresenta grande potencial para aplicações em sistemas modernos de telecomunicações, especialmente em áreas que exigem alta eficiência e estabilidade de sinal, como satélites, radares e comunicações sem fio avançadas. A pesquisa demonstra que a antena desenvolvida reúne características importantes para as demandas atuais de conectividade, como alto desempenho, estrutura compacta, dupla polarização e boa largura de banda.

Segundo o professor Renan Santos, a principal contribuição do estudo está em melhorar o ganho e ampliar a faixa de operação sem aumentar a complexidade de fabricação, algo especialmente relevante para o desenvolvimento de tecnologias de comunicação mais eficientes. “Conseguimos aprimorar o desempenho mantendo a antena simples, leve e viável para diferentes aplicações, o que é muito valorizado pela indústria”, destaca o pesquisador.

O trabalho contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

 

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Palavras-chave: Ciência telecomunicações Tecnologia antena

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