UFU recebe visita do cônsul-geral da Irlanda

Cônsul-geral da Irlanda, Barry Tumelty, em reunião na PROPP: “Temos condições de contribuir com outros países e queremos colaborar com as melhores universidades e melhores pesquisadores do Brasil” (Foto: Fabiano Goulart)

Cônsul-geral da Irlanda, Barry Tumelty, em reunião na PROPP: “Temos condições de contribuir com outros países e queremos colaborar com as melhores universidades e melhores pesquisadores do Brasil” (Foto: Fabiano Goulart)

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) recebeu, nesta terça-feira (28), a visita do cônsul-geral da Irlanda, Barry Tumelty, que veio ao Brasil com a missão de estabelecer vínculos de colaboração científica entre instituições educacionais irlandesas e universidades brasileiras, com foco na inovação tecnológica.

Na agenda, além da palestra “Oportunidades de Internacionalização e Cooperação Internacional”, ministrada para alunos de graduação e pós-graduação no Campus Santa Mônica, Tumelty foi recebido pelo Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Henrique de Carvalho, em reunião que contou com as presenças do diretor de Inovação e Transferência Tecnológica – Agência Intelecto –, Thiago Paluma Rocha, e do pesquisador Pedro Frosi, da Faculdade de Computação (Facom), que já desenvolve estudos em colaboração com instituições irlandesas e acompanha o cônsul em sua visita à UFU.

A visita, de acordo com o pró-reitor, ocorre em um momento importante para a internacionalização da UFU. “Estamos discutindo o Programa de Internacionalização das Universidades de Minas Gerais, junto à Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e às demais instituições mineiras de ensino superior, federais e estaduais, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC), de Minas Gerais, e coincide também com a publicação do Edital do Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o programa 'PrInt'”.

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Henrique de Carvalho: “Devemos buscar aproximações daquilo que é estratégico para a Irlanda com o que é estratégico para a UFU” (Foto: Fabiano Goulart)

Carvalho destaca a convergência de pensamentos como um dos aspectos mais importantes na reunião e ressalta a importância de estabelecer novas parcerias que contribuam com a política de internacionalização da UFU. “Devemos buscar aproximações daquilo que é estratégico para a Irlanda com o que é estratégico para a UFU, dentro do nosso escopo de internacionalização. Foi uma reunião muito proveitosa, muito profícua e nós conseguimos manter um diálogo em uma direção comum e isso é essencial para a UFU”, avalia Carvalho, que relatou ao cônsul que esta proposta de parceria será avaliada durante a discussão da Política de Internacionalização da UFU, nos dias 7 e 8 de dezembro.

Barry Tumelty ressalta que, embora seja um país pequeno com uma população pouco acima dos 4 milhões de pessoas, a Irlanda ocupa hoje o décimo lugar em termos de qualidade de pesquisa em nível mundial. “Nós temos condições de contribuir com outros países e queremos colaborar com as melhores universidades e melhores pesquisadores do Brasil. Também sabemos que podemos aprender e muitos brasileiros gostam da Irlanda e querem estudar lá. Então temos muito a construir nesta relação bilateral”, afirma o cônsul-geral.

Barry Tumelty: "somos um país pequeno e ocupamos hoje o 10º lugar em termos de qualidade de pesquisa em nível mundial (Foto: Fabiano Goulart).

Inovação, afirma Tumelty, é um desafio importante porque muitos pesquisadores trabalham em seus projetos próprios que, às vezes, não respondem às necessidades da indústria. “A Irlanda tem experiência e tornou-se especialista em focar no impacto das pesquisas. Trabalhamos desde o início para ficarmos seguros de que a pesquisa trará benefícios em termos de empregos e em termos de indústria”.

Tumelty ressaltou ainda que escritórios de algumas das maiores empresas do mundo como grandes empresas da indústria química e corporações digitais como Google, Twitter, Facebook e outras, têm suas sedes europeias na Irlanda, e têm interesse em investir em projetos de pesquisa em parceria com universidades. “Estamos bem-acostumados a responder às necessidades da indústria e isso traz benefícios em termos de empregos, qualidade de pesquisa e investimentos, porque as próprias empresas vêm os benefícios do investimento na pesquisa”, concluiu Tumelty.