Publicado em 08/10/2020 às 08:59 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:29
A Divisão de Promoção de Igualdades e Apoio Educacional (Dipae), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por intermédio da Diretoria de Estudos e Pesquisas Afro-raciais (Diepafro), deu início, na última semana, ao IgualUFU, novo projeto de atendimento pedagógico a estudantes em risco acadêmico. O projeto tem como objetivo “transformar modos de ser, estar e viver de graduandos cotistas pretos, pardos e indígenas (PPI), disponibilizando atendimento pedagógico aos que estão na condição de risco acadêmico”. Estudantes em situação de risco acadêmico são aqueles com risco de reprovação, jubilamento e evasão da instituição de ensino.
O projeto teve início no dia 22 de setembro e deve continuar até dia 22 de dezembro. Devido ao contexto pandêmico, de isolamento social, as atividades estão sendo realizadas remotamente por meio de salas de conferência online. Serão realizadas três ações principais: mapeamento dos estudantes em situação de risco; divulgação de uma rede de apoio online; realização de oficinas coletivas de orientação educacional e pedagógica sobre planejamento de estudos, abordagem e aprendizagem.
Segundo Coordenador do projeto de ensino, Antônio Neto, esse acompanhamento é voltado para estudantes PPI que estão com o Coeficiente de Rendimento Acadêmico (CRA) igual ou abaixo de 60. “O projeto procura levantar, registrar, compreender e avaliar os contextos desses estudantes para que possamos oferecer o acompanhamento pedagógico em todas suas etapas” completou Antônio.
Para se inscrever no projeto o discente interessado precisa preencher dois formulários descrevendo sua situação acadêmica. Clique aqui e acesse os formulários.
Sustentando na perspectiva pedagógica decolonial, o projeto IgualUFU tem como principal objetivo a criação de uma rede de apoio aos estudantes cotistas, pois acredita que o processo de aprender, estudar e pesquisar não seja natural, e sim, dinâmico. Disponibilizar o ingresso desses estudantes por meio de cotas é essencial, mas também é importante acompanhá-los durante o processo de aprendizagem.
De acordo com os organizadores, ainda que a política de cotas venha, gradativamente, aumentando a representatividade de pretos, pardos e indígenas na academia, os dados relacionados à vulnerabilidade acadêmica desse grupo ainda são preocupantes. Entre 2017 de 2020 na Universidade Federal de Uberlândia, quase 30% dos graduandos PPI, assistidos pela Pró-Reitora de Assistência Estudantil (Proae), encontram-se em risco acadêmico.
Antônio Neto ressalta, ainda, a importância desse acompanhamento para despertar o pensamento crítico do discente. “O processo de construção da identidade de estudantes, principalmente PPI, requer uma atitude consciente no reconhecer o ato de estudar, aprender e pesquisar mediante modos reflexivos de ser e vivenciar o ambiente universitário.”
Para mais informações sobre o projeto, interessados podem entrar em contato diretamente pelos canais de comunicação da Dipae e Proae.
Proae
E-mail: proae@proae.ufu.brFone: (34) 3291-8952Facebook
Dipae:
E-mail: dipae@proae.ufu.brFone: (34) 3230-9556Facebook
Palavras-chave: Assistência Pedagógica PPI Dipae Proae UFU
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