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Tecnologia

UFU na corrida para o uso do hidrogênio como combustível

Universidade pesquisa o processo de fragilização e a resistência mecânica de materiais na presença do hidrogênio

Publicado em 23/03/2023 às 11:10 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:38

Pesquisador do Laboratório de Tecnologia em Atrito e Desgaste, Guilherme Antonelli. (Foto: Divulgação / LTAD)

As pesquisas para se chegar a um combustível de menor impacto ambiental têm apresentado resultados animadores entre os cientistas do mundo inteiro; na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) não é diferente. Nesta área, pesquisas acontecem no Laboratório de Tecnologia em Atrito e Desgaste (LTAD), da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec/UFU), onde a euforia dos pesquisadores contagia quando o assunto é o hidrogênio combustível.

O hidrogênio vem como uma substituição aos combustíveis fósseis, especialmente o diesel, e tem sido a aposta do século. Os centros de inovação tecnológica investem em duas linhas de projetos: uma para encontrar uma técnica de produção de hidrogênio a um custo que o torne viável e a outra linha, especialidade do LTAD, sobre o processo de fragilização dos metais e a resistência mecânica do material na presença do hidrogênio.

As pesquisas são focadas em conhecer esse fenômeno para identificar a melhor composição do material que deverá ser utilizado para o armazenamento e o transporte do hidrogênio como combustível.

A fragilização por hidrogênio em metais é um tema bastante conhecido pelos pesquisadores do LTAD, referência no Brasil pelos projetos de ensaios de laboratório e aplicações práticas desse conhecimento. Entender essa interação entre o hidrogênio e os materiais vem auxiliando no monitoramento de grandes equipamentos fabricados em aço. As pesquisas são importantes para diminuir os riscos de acidentes em diversos setores industriais. Neste sentido, os pesquisadores do LTAD prestam serviços às empresas desde a metalurgia, aeronáutica e petrolífera, que passam a ser parceiras do laboratório.

As pesquisas sobre o fenômeno do hidrogênio em aços vêm sendo desenvolvidas há mais de 15 anos no LTAD, onde a principal parceira é a Petrobras. “Boa parte de nossos estudos está em entender o limite que os aços usados nas plataformas podem ser submetidos. Buscamos gerar mais entendimento, apoiar as análises de falhas que a própria Petrobras faz e gerar conhecimento para seleção de novos equipamentos, para as plataformas que serão desenvolvidas”, destaca o pesquisador do laboratório, Felipe Caixeta. 

A parceria com a Petrobras gerou o desenvolvimento do Incremental Step Loading (ISL), um equipamento utilizado para identificar e compreender o limite de resistência das ligas metálicas, até o nível de fragilização, quando estão submersas. A pesquisa, para atender a empresa, colocou o LTAD como referência nacional no assunto. “Na medida que os estudos em fragilização por hidrogênio se aprofundavam, vimos que este fenômeno pode ter origens distintas, ampliando a utilização de nossas pesquisas. No caso do ISL, ele pode ser utilizado na aeronáutica, na siderurgia e no automotivo, por exemplo”, destaca Guilherme Antonelli, pesquisador do laboratório.

 

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Palavras-chave: Engenharia Mecânica petrobrás hidrogênio pesquisas combustível LTAD Femec UFU

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