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Podcast

‘Ciência ao Pé do Ouvido’ aborda o graffiti como expressão artística

Podcast contou com a participação de docente da área de Artes, grafiteiros e muralista

Publicado em 25/04/2023 às 14:45 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:38

Arte: Ludimila de Castro

O graffiti é uma forma de expressão artística que está presente no cotidiano de quem se locomove diariamente pelas mais diversas cidades do país. Surgido na década de 1960, em Nova Iorque, Estados Unidos, o movimento chegou ao Brasil em meados da década de 1970 e hoje está incorporado de forma intrínseca às capitais brasileiras.

Professor do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), Marco Pasquallini explica o contexto de surgimento do movimento: “Isso acontece de um modo bastante frequente na cidade de Nova Iorque e o tipo de inscrição era principalmente de nomes, que hoje a gente chama de tags, que são inscrições que, às vezes, não são muito legíveis, mas que se colocavam como um tipo de identidade.”

Atualmente, é impossível andar pelos grandes centros urbanos sem se deparar com paredes tomadas por pinturas e grafias expressivas, sejam elas coloridas ou monocromáticas. Dentre essas expressões artísticas espalhadas pelas cidades brasileiras, destaca-se o picho, técnica que vem do graffiti, mas que é exclusiva do movimento no Brasil.

“O picho é nacional e ele é um estilo de graffiti também; é um estilo de tag, é um estilo de assinatura, um jeito de se escrever o nome do escritor e da escritora, porém com características nossas”, explica o grafiteiro Dequete, um dos convidados do podcast.

Além disso, Dequete revela que o picho se diferencia de forma regional, com as capitais do Brasil possuindo estilos próprios de executar as artes. “Em cada capital brasileira, o picho por si só tem a sua própria estética”, destaca.

O episódio #78 ainda traz a diferenciação entre o graffiti e o muralismo, que também envolve a feitura de artes em muros, porém que não abarca as questões políticas, sociais e culturais que envolvem o movimento surgido em Nova Iorque.

“Todo grafiteiro, todo pichador, todo escritor de parede é um muralista naturalmente, porque ele está usando o muro para se expressar. Mas nem todo muralista vai fazer graffiti, por não estar vinculado à cultura, por não trazer em si essa preocupação coletiva de um grupo, de um movimento, de uma cultura como o hip-hop”, detalha Dequete.

Além de Pasquallini e Dequete, o episódio também teve a contribuição de Onec, grafiteiro de Uberlândia, e de Eric Freitas, muralista e estudante de Arquitetura e Urbanismo na UFU, também conhecido por “Erictopus”. O episódio “Arte Urbana” está disponível no Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Deezer, Radio Public e Anchor.

O "Ciência ao Pé do Ouvido" é produzido pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

 

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