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Podcast

O que os dados do Censo 2022 representam para o Brasil?

Episódio de retomada da quarta temporada do ‘Ciência ao Pé do Ouvido’ aborda o assunto

Publicado em 01/08/2023 às 16:24 - Atualizado em 05/09/2023 às 18:44

(Arte: Ludimila de Castro)

O Recenseamento Geral do Brasil, conhecido popularmente como Censo, aconteceu em 2022, após dois anos de atraso. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é responsável pelo planejamento e execução, que tem como objetivo retratar a população brasileira e suas características socioeconômicas. Além disso, o Censo servirá de base para o planejamento público e privado dos próximos dez anos.

A consulta demonstrou, em seus primeiros resultados, que a população atual do Brasil é de cerca de 203 milhões de pessoas, números que foram abaixo do esperado. Foi um aumento de 15 milhões de pessoas desde o Censo de 2010.

Em um panorama geral, foram 6,5% de crescimento populacional, a menor média desde o primeiro recenseamento brasileiro, que aconteceu em 1872. Ao observar os dados já disponibilizados, a maior densidade demográfica permanece sendo a da região Sudeste, com quase 42% da população total do Brasil em seu território.

São Paulo permanece o estado mais populoso do país, com 44 milhões de pessoas, seguido de Minas Gerais, que tem 20 milhões de habitantes. A cidade que mais cresceu em termos absolutos foi Uberlândia, onde se localiza quatro dos sete campi da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O município atingiu 713 mil habitantes, 109 mil a mais do que em 2010.

Em contrapartida, várias capitais tiveram uma redução no número total de habitantes. Ao todo, foram oito capitais: Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belém, Natal, Recife e Fortaleza.

Já cidades médias ao redor do país apresentaram um crescimento similar ao caso uberlandense, o que é um fenômeno recente no Brasil, de migração das grandes capitais para cidades menores, mas que ainda oferecem uma infraestrutura similar às de cidades grandes.

Especialistas apontam que algumas das razões desse movimento migratório são de origem econômica, como, por exemplo, o custo de vida e o preço de imóveis em metrópoles. Porém, questões como qualidade de vida também influenciam na decisão de se mudar para fora dos grandes centros.

Informações como essa podem ser observadas com análise de estatísticas obtidas pelo Censo e elas são discutidas no episódio #86 do Ciência ao Pé do Ouvido, que retornou a quarta temporada nesta terça-feira. Nele, conversamos com Hélio Carlos Miranda, professor de Planejamento Urbano do Instituto de Geografia da UFU, coordenador do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional da UFU e integrante da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias. Ouça nas principais plataformas de podcast.

 

 

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Palavras-chave: Ciência ao Pé do Ouvido podcast censo IBGE censo 2022

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