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Meio Ambiente

Projeto da Estes é premiado pelo IFTM

Ação extensionista voltada ao monitoramento de vetores da dengue mobiliza a comunidade

Publicado em 20/12/2023 às 10:39 - Atualizado em 04/01/2024 às 15:05

Arte: Yasmin Jaber

Na última semana multidisciplinar do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), o trabalho “Mobilização Social e Monitoramento de Ovitrampas Contra Dengue”  foi classificado em segundo lugar após apresentação na Feira de Conhecimentos (Feicon). Além dessa premiação, esse trabalho também foi premiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) durante o Prêmio Destaque de Atividades Extensionistas “Paulo Freire” e pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação (Propp/UFU) na Premiação do Sistema de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica da UFU, na Categoria 3 - Prêmio Destaque UFU em Iniciação Científica do Ensino Médio e Profissionalizante Professora Ester Cerdeira Sabino. Por fim, a ação também foi indicada pela Propp para o 20º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica do CNPq de 2022.

O projeto, que acontece desde 2013, faz parte das atividades extensionistas da Escola Técnica de Saúde (Estes/UFU). Para além do campus do IFTM em Uberlândia, as ações também acontecem no campus Santa Mônica da UFU, em parceria com a Diretoria de Sustentabilidade (Dirsu/UFU), e em uma associação de recicladores. O grupo de extensionistas conta com a participação de voluntários e bolsistas de cursos técnicos da Estes, da graduação da UFU e do Ensino Médio, selecionados por meio de editais. 

 

O que é o projeto?

O projeto “Mobilização Social e Monitoramento de Ovitrampas Contra Dengue” monitora a reprodução dos vetores (Aedes e Culex), os conhecidos mosquitos responsáveis por algumas doenças, como por exemplo, Dengue e Filariose - por meio do uso de armadilhas, as ovitrampas. A ação extensionista acontece visando promover a mobilização social da comunidade local, que auxilia nas atividades desenvolvidas.

 

Como o projeto funciona?

Antes de tudo, é necessário compreender que as duas frentes de trabalho do projeto são essencialmente conectadas. O monitoramento e a mobilização  possibilitam o sucesso das ações. Enquanto o primeiro trabalha com as questões técnicas de captura e quantificação dos ovos do mosquito da dengue, o segundo atua na interação com a comunidade local e conscientização quanto a importância de tomar os devidos cuidados.

 

O monitoramento

Para realizar essa etapa são instaladas armadilhas, chamadas ovitrampas, nos locais de participação do projeto. Essas armadilhas são compostas por um vaso de plástico, uma palheta e água. No vaso, com um pouco de água, é posicionada a palheta que, ao absorver o líquido do local, torna-se propício para o depósito de ovos pelas fêmeas dos mosquitos.

Imagem da armadilha
Uma fêmea coloca uma média de 250 a mil ovos para poder perpetuar a espécie. (Foto: Anna Franco)

Semanalmente, as ovitrampas são verificadas em campo e transferidas ao laboratório onde, por meio de lupas microscópicas, as palhetas são analisadas se possuem ovos (viáveis, eclodidos ou danificados). As que possuem ovos viáveis são transferidas, em copos de água , e são colocadas em mosquitários para que sejam acompanhados os ciclos dos vetores e, posteriormente, realizadas as atividades de mobilização social. 

Imagem de pessoa segurando copo com água usado para monitoramento de vetores
Cada mosquitário do projeto é destinado para o material coletado de um único local. (Foto: Anna Franco)

Essa atividade, além de acompanhar o grau de eclosão dos ovos, tem o objetivo de possibilitar a conscientização da comunidade a respeito dos locais de foco da doença. Muitas vezes esses locais não recebem os devidos cuidados, pois, a olho nu, os ovos tendem a não ser facilmente reconhecidos e os moradores acabam não se atentando.

 

A mobilização

O contato com a comunidade acontece desde o início das atividades. O conhecimento da população local é essencial para o posicionamento das armadilhas, pois, essas pessoas são responsáveis por indicar regiões propícias para a instalação das ovitrampas.

Após esse processo, a comunicação continua presente nas coletas semanais e, depois, ao final do levantamento dos resultados. Na primeira situação, o grupo consulta as pessoas da área para compreender a situação da região desde a última coleta, assim, podendo, de acordo com a necessidade, adaptar as atividades do projeto. Após o levantamento, o resultado é levado tanto para a comunidade que colaborou com as coletas, quanto para outros públicos interessados.

O projeto desenvolve atividades de conscientização com os materiais recolhidos, podendo essas acontecer em escolas, locais públicos e eventos. O laboratório também está disponível para visitação conforme agendamento com o professor João Carlos de Oliveira, coordenador do projeto. Para entrar em contato, envie e-mail para oliveirajotaufuestes@gmail.com. É possível, também, acompanhar o desenvolvimento do projeto pelo Instagram do projeto.

 

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

 

Palavras-chave: dengue atividade de extensão Projeto de Extensão IFTM

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