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OUTUBRO ROSA

Cientistas de Patos de Minas depositam patente de produto para tratamento do câncer de mama triplo negativo

Confira o relato da pesquisadora líder do grupo na seção ‘Leia Cientistas’

Publicado em 24/10/2024 às 13:38 - Atualizado em 29/10/2024 às 13:35

Professora Thaise Gonçalves de Araújo coordena o Laboratório de Genética e Biotecnologia (GBio) em Patos de Minas (Foto: Arquivo da pesquisadora)

O Laboratório de Genética e Biotecnologia (GBio), do Instituto de Biotecnologia (Ibtec) da Universidade Federal Uberlândia (UFU), Campus Patos de Minas, tem se dedicado, há mais de 10 anos, ao estudo de estratégias inéditas para o tratamento do câncer de mama. Para isso, busca novos compostos, químicos ou de origem natural, para combater a doença. 

É coordenado por mim, professora Thaise Gonçalves de Araújo, e conta com parcerias importantes com o Instituto de Química da UFU e com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Sou bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), colaboradora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Teranano e coordenadora de subprojeto da Rede Mineira de Pesquisa Translacional em Imunobiológicos e Biofármacos no Câncer (Remitribic). 

Nos últimos anos, juntamente com a professora Lígia Morais (Ibtec/UFU), nosso grupo desenvolveu um produto inovador para o tratamento do câncer de mama triplo negativo, conhecido por ser mais agressivo e acometer mulheres jovens e afro-descendentes. É classificado como triplo negativo porque não há receptores de estrogênio, progesterona e HER2, responsáveis pelo controle do crescimento do tumor, das células mamárias e da divisão celular. 

Utilizando nanotecnologia e combinando dois compostos distintos (que ainda não podem ser divulgados, devido ao depósito de patente), o produto foi capaz de combater células tumorais de forma eficaz, inclusive em modelos animais. O estudo fez parte do doutorado da aluna Paula Marynella, do Programa de Pós-graduação em Genética e Bioquímica, e a patente foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Novos experimentos estão em andamento para descrever os mecanismos de ação desse produto inovador, sempre priorizando o bem-estar de tantas mulheres acometidas por essa doença.

 

*Thaise Gonçalves de Araújo é doutora em Genética e Bioquímica e professora associada da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e atua como docente permanente nos programas de Pós-Graduação em Genética e Bioquímica (PPGGB/UFU) e em Biotecnologia (PPGBIOTEC/UFU). 

 

A seção "Leia Cientistas" reúne textos de divulgação científica escritos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). São produzidos por professores, técnicos e/ou estudantes de diferentes áreas do conhecimento. A publicação é feita pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU), mas os textos são de responsabilidade do(s) autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião da UFU e/ou da Dirco. Quer enviar seu texto? Acesse: www.comunica.ufu.br/divulgacao. Se você já enviou o seu texto, aguarde que ele deve ser publicado nos próximos dias.

 

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