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PREMIAÇÃO

Equipe da UFU detecta 11 asteroides em parceria com a Nasa e o MCTI

Descobertas foram feitas a partir de imagens captadas por telescópio no Havaí

Publicado em 07/03/2025 às 17:18 - Atualizado em 07/03/2025 às 17:33

Os integrantes da equipe receberam do MCTI medalhas e certificados por suas descobertas (Foto: Maria Eduarda Amorim)

Uma equipe da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) identificou 11 asteroides desconhecidos durante sua participação no programa Caça Asteroides, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica (IASC/Nasa). As análises foram realizadas com software disponibilizado pelo programa, a partir de imagens captadas por um telescópio de 1,8 metros da Universidade do Havaí. 

Asteroides são fragmentos rochosos que sobraram da formação do Sistema Solar e orbitam o Sol. Apesar de muito pequenos para serem considerados planetas, os asteroides são importantes para a compreensão da origem e evolução do Sistema Solar. “Estudar asteroides é ter informações sobre o início do nosso Sistema Solar. Isso é importante não só para as órbitas dos asteroides, como também para seus componentes. Tem vários asteroides que são ricos em minérios que nós precisamos”, conta a estudante de Engenharia Mecatrônica na UFU e líder da equipe, Mariana de Sá. 

A equipe que detectou os astros é composta pelos alunos da UFU, Mariana de Sá, Ana Luiza Sobrinho, Raphael Bruce e Rafael Lima, a estudante do Ensino Médio, Anna Julia Oliveira, e a psicóloga Rayane Leal. Durante a participação no Caça Asteroides eles participaram de campanhas, nas quais foram disponibilizadas as imagens que continham os asteroides. 

 

O Caça Asteroides  

Criado pelo IASC, o programa Caça Asteroides tem o objetivo de popularizar a ciência através de voluntários cidadãos. A ciência cidadã busca integrar cidadãos e a comunidade científica em projetos práticos de pesquisa e descoberta. No Brasil, a parceria do MCTI com o IASC permitiu a formação de equipes que buscam asteroides em todo o Brasil.

Medalha Caça Asteroides
Em 2024, o programa contou com mais de 3 mil equipes no Brasil e no mundo (Foto: Maria Eduarda Amorim)

“Caçar asteroides é uma atividade bastante visual, as pessoas podem abrir as imagens e procurar asteroides que se mexem naquele campo. Enquanto as estrelas estão fixas, o asteroide vai se mexendo”, explica o professor de Astronomia do Instituto de Física da UFU, Altair Júnior.  No início de 2024, o Grupo de Astronomia e Planetologia da UFU divulgou em seu instagram as inscrições para o programa para quem tivesse interesse em participar.

Após o período de seleção, os seis integrantes e a líder do grupo, Mariana de Sá, iniciaram os treinamentos e análises a partir do material disponibilizado pelo MCTI.  “Realizamos treinamentos para mostrar como identificar asteroides, manipular o software, enviar os relatórios e fizemos um grupo para dúvidas. Essa foi uma parte interessante, porque no início eu respondia às dúvidas, mas, ao longo do projeto, os próprios alunos já aprenderam a resolver alguns erros e se ajudavam”, destaca Mariana de Sá.

Durante o ano, eles realizaram quatro campanhas em que detectaram 11 asteroides. Após a detecção, o grupo envia os relatórios, mas a verificação da descoberta pelo Minor Planet Center,  organização que se dedica a recolher dados sobre corpos menores do sistema solar, levará alguns anos. “Participar do programa foi muito incrível, porque era algo que eu queria e achava que só pessoas muito inteligentes conseguiram. O programa é aberto para os cidadãos e fiquei muito feliz, porque eu achei dois asteroides”, conta Rayane Leal. 
Há alguns anos, Mariana de Sá também descobriu outros asteroides por meio do programa. Em 2025, o Grupo de Astronomia e Planetologia, sob orientação do professor Altair Júnior, se inscreverá novamente no programa de MCTI e busca intensificar ainda mais as ações na busca em detectar asteroides.

 

 

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Palavras-chave: Asteroide Astronomia Premiação descoberta

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