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Mercado de trabalho

Uberlândia inverte tendência e gera mais de 1.600 empregos em fevereiro

Novo boletim do Cepes/UFU aponta que mulheres ocupam dois terços das novas vagas em um mercado impulsionado por microempresas e o setor de Serviços

Por: Cristiano Alvarenga
Publicado em 03/04/2025 às 09:15 - Atualizado em 03/04/2025 às 12:25

Protagonismo feminino: em fevereiro, a maior parte das novas vagas de emprego em Uberlândia foi ocupada por mulheres. (Foto: Canva)

 

Depois de um janeiro marcado por fechamento de vagas, Uberlândia registrou geração de 1.680 empregos formais em fevereiro. A inversão da tendência negativa ocorreu com o impulso do setor de Serviços e das Microempresas. Os dados apresentados na nova edição do Boletim do Emprego, organizado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), destacam também que as mulheres ocuparam 1.106 dos novos postos de trabalho, correspondendo a aproximadamente dois terços do total de contratações no mês pesquisado.

Em fevereiro, Uberlândia registrou 14.566 admissões (número recorde nos últimos 12 meses) e 12.886 desligamentos. O saldo das contratações em fevereiro representa uma inversão significativa no panorama, considerando que janeiro havia fechado com 312 postos de trabalho a menos. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo é de 2.959 vagas.

 
Setor de Serviços em destaque

Este foi o grande protagonista da geração de empregos na cidade, com 1.190 novos postos de trabalho criados apenas em fevereiro. O número representa cerca de 70% do saldo positivo total do mês.

O Comércio aparece na segunda posição, com 415 novas vagas, seguido pela Construção Civil, que registrou saldo positivo de 218 empregos. A Indústria também contribuiu positivamente, embora com números mais modestos, gerando 88 novos postos de trabalho. Na contramão, o setor Agropecuário registrou fechamento de 231 vagas, sendo o único com desempenho negativo no período.

Nos últimos 12 meses, o Comércio se destacou como o principal gerador de empregos, com saldo de 1.694 vagas, seguido pela Indústria (1.194) e Construção (1.042), enquanto Serviços e Agropecuária apresentaram resultados negativos no período, com perdas de 772 e 202 postos, respectivamente.

 
Microempresas fomentam o mercado

Um dos dados mais expressivos do boletim refere-se ao porte das empresas que estão gerando empregos. As Microempresas e MEIs lideraram as contratações, com 1.159 novos postos de trabalho em fevereiro, o que representa aproximadamente 69% do saldo positivo total.

Já as Pequenas Empresas somaram 522 novas vagas e as de Médio Porte contribuíram com 375 contratações. Em contrapartida, as Grandes Empresas fecharam 374 postos de trabalho no mesmo período, indicando uma possível reestruturação nos grandes empreendimentos locais. Na Administração Pública o saldo foi negativo no mês (-2).

No acumulado dos últimos 12 meses, os números reforçam esta tendência: enquanto MEIs e Microempresas geraram 6.315 empregos e as Médias Empresas somaram 424 vagas, as Pequenas e Grandes Empresas registraram resultados negativos, com fechamento de 1.044 e 2.745 postos, respectivamente.

 
Perfil dos novos contratados

A análise por faixa etária revela que os jovens entre 18 e 24 anos foram os principais beneficiados pela geração de empregos em fevereiro, com 651 novas vagas. Praticamente todas as faixas etárias apresentaram saldos positivos, com exceção do grupo acima de 60 anos, que registrou queda de 4 postos.

Em termos de gênero, as mulheres conquistaram 1.106 vagas, quase o dobro em relação aos homens, que ocuparam 574 novos postos. A escolaridade predominante entre os contratados foi o ensino médio completo, respondendo por 924 das novas vagas, sendo 608 preenchidas por mulheres e 316 por homens.

 
Metodologia

Os números apresentados pelo Cepes/UFU foram extraídos do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)(link is external), considerando vínculos celetistas e ajustes declarados até fevereiro de 2025. O estudo considera o critério de número de empregados para classificação do porte das empresas. A análise leva em conta o maior grau de instrução completo dos trabalhadores.

O boletim é elaborado mensalmente e oferece um panorama detalhado do comportamento do mercado de trabalho formal na cidade. Quer saber mais? Acesse todas as edições do Boletim do Emprego de Uberlândia

 

 

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Palavras-chave: Boletim do Emprego Cepes UFU Economia Mulheres Microempresas Serviços emprego

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