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Saúde Pública

No 'Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo', conheça ações da UFU na luta contra este vício

Anualmente, 18 de fevereiro é a data destinada à conscientização da população sobre os danos que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode acarretar ao indivíduo

Publicado em 17/02/2022 às 16:46 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:21

Dados apresentados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) mostram que, entre 2000 e 2017, o Brasil registrou quase 300 mil mortes por causas plenamente atribuíveis ao uso do álcool. O número corresponde a duas pessoas mortas a cada uma hora, durante aquele período. O mesmo relatório, publicado em 2019, também afirma que mais de 40% da população brasileira adulta têm o hábito de consumir bebidas alcoólicas e quase metade faz o uso pelo menos uma vez por semana.

O período de isolamento social no Brasil, por conta da pandemia da covid-19, fez com que o consumo de álcool e as mortes por ele causado aumentassem. Em 2020, foram mais de 7 mil vidas perdidas por conta do uso elevado de bebidas alcoólicas. Isso significa que houve um aumento de quase 20% das mortes por alcoolismo no país. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a ingestão de álcool contribui para mais de 300 mil mortes, todos os anos, nas Américas.

Com a finalidade de conscientizar a população sobre os danos que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas podem trazer à saúde, dia 18 de fevereiro foi decretado como o "Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo". O uso abusivo do álcool pode gerar diversos problemas para a saúde, a curto e longo prazos, além de que sua ingestão possui efeito depressor na atividade do sistema nervoso central; em outras palavras, diminui a atividade cerebral, provocando letargia do indivíduo que está sob seu efeito.

Alguns dos malefícios causados pela ingestão de bebidas alcoólicas, a curto prazo, são: falta de foco e atenção, apatia, erros incomuns nas atividades do cotidiano e laborais. Já a longo prazo é possível que o indivíduo desenvolva doenças graves, como: cirrose hepática, problemas cardíacos, câncer, assim como o surgimento ou agravamento de transtornos mentais, incluindo depressão, ansiedade e dependência química, entre outros. Mais alguns danos que o alcoolismo pode trazer, e são instantâneos, são lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito.

Dependência de álcool ou alcoolismo é uma doença crônica multifatorial, sendo um dos transtornos mentais mais comuns atinentes ao consumo repetido de álcool. (Foto: Pixabay)

O vício em consumo de bebidas alcoólicas pode ser evitado. Alguns dos primeiros passos são a disseminação, orientação e, principalmente, a conscientização sobre os danos que o uso abusivo dessas substâncias pode acarretar. Mas, para os casos mais avançados, em que o álcool está influenciando na saúde física, relações pessoais e rotina, é recomendável que se busque ajuda profissional especializada.

Atualmente, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) conta com um programa de atenção a questões relacionadas ao uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas. Quem está à frente do trabalho é o Setor de Atenção à Dependência Química/Oficina da Vida (Sadeq/UFU), que desenvolve ações de assistência, promoção, prevenção e educação em saúde para os servidores e seus dependentes, fundacionais e estudantes da UFU, ofertando atendimento ambulatorial diário, intervenções setoriais, capacitações e demais serviços relacionados.

Em Uberlândia, também é possível conseguir atendimento na rede pública. Os Centros de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas (Caps-AD) são as unidades especializadas no auxílio a usuários e dependentes de álcool e outras drogas na cidade, tendo por base o atendimento ambulatorial.

Ainda que bebidas alcoólicas sejam consideradas um tipo de droga - no caso, lícita, que é quando a venda e o consumo são liberados por lei -, é perceptível que há uma glamourização em seu consumo, mesmo que ele seja nocivo à saúde. A gerente do Sadeq/UFU é Joana D’Arc Vieira Couto Astolphi, assistente social e também especialista em Saúde Pública. Ela argumenta que é preciso considerar as questões culturais do nosso país, pois existem nuances diferentes na presença do álcool na vida cotidiana das pessoas. No Brasil e em locais como a França e alguns países mediterrâneos, prossegue Astolphi, estimula-se o consumo do álcool e a embriaguez, diferentemente do que ocorre em outras culturas. “Além disso, há de se considerar a indústria do álcool como fonte motivadora do consumo de bebidas alcoólicas, em nome do progresso econômico e, ainda, a venda da imagem glamourizada da felicidade, por meio do consumo do álcool, que, por vezes, serve como um facilitador das relações e do convívio social de forma artificial”, pondera.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece alguns parâmetros para o consumo moderado de álcool, de modo a reduzir os danos à saúde. Mas, vale lembrar que o consumo é restrito em algumas situações, as chamadas de “Álcool Zero”, como para menores de 18 anos, grávidas, portadores de doenças crônicas e dependentes de álcool e pessoas que vão dirigir ou operar máquinas.

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  • Telefones para contato: (34) 3225-8086 / (34) 3225-8079

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Palavras-chave: Alcoolismo Sadeq UFU Oficina da Vida Caps-AD

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