Publicado em 19/01/2023 às 12:40 - Atualizado em 22/08/2023 às 17:04
Ministro Camilo Santana discursa aos reitores. (Foto: Luís Fortes/MEC)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Camilo Santana, receberam nesta quinta-feira (19/01), em Brasília, os reitores das universidades e dos institutos federais. Em pauta na reunião, as novas perspectivas do Ensino Superior do país. O reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Valder Steffen Junior, participou do encontro. Da equipe do governo federal, também marcaram presença outros dois ministros: Rui Costa (Casa Civil) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
"Estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo", disse Lula na abertura de reunião. O presidente ressaltou a importância do investimento em ciência e tecnologia. "Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema de formação de seu povo", salientou.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor Ricardo Marcelo Fonseca (UFPR), destacou que a realização da audiência no primeiro mês de gestão do governo é um gesto carregado de simbologia. Fonseca afirmou que as universidades e institutos federais estão à disposição do Brasil, como maiores produtores de ciência e tecnologia. "Queremos nos colocar a serviço dos projetos estratégicos, seja na área do meio ambiente, da energia limpa, da reindustrialização, seja na área dos demais níveis de educação, para buscar acabar com essa dualidade entre a Educação Superior e demais níveis de ensino, pois as universidades entendem que a Educação Básica e outros níveis também são assuntos nossos", apontou. Fonseca enfatizou, ainda, que para exercer suas funções as universidades e os institutos precisam de meios orçamentários dignos e adequados.
Em meio aos temas abordados em seu discurso, Lula declarou que a autonomia universitária está garantida e reforçou que os reitores serão escolhidos pelas comunidades universitárias. O presidente também explicou que as reuniões com os dirigentes de instituições de ensino serão anuais para possibilitar o diálogo. "Podemos divergir, sim, mas de forma civilizada", ponderou.
Lula: 'Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema de formação de seu povo'. (Foto: Luís Fortes/MEC)
Andifes
A diretoria da Andifes esteve em audiência com o ministro da Educação, Camilo Santana, com a secretária de Educação Superior, Denise Pires Carvalho, além dos chefes de gabinete e de comunicação do Ministério da Educação, no dia anterior (18/01), na sede do ministério, também em Brasília. Além do presidente, Ricardo Marcelo Fonseca, a entidade foi representada pelos quatro vice-presidentes, os reitores Alfredo Macedo Gomes (UFPE), Dácio Roberto Matheus (UFABC), Evandro Aparecido Soares da Silva (UFMT) e Marcele Regina Nogueira Pereira (UNIR), e pelo secretário executivo, Gustavo Balduino. Na oportunidade, foi apresentado ao ministro um conjunto de temas de relevância para as universidades federais, tais como: orçamento, autonomia, assistência estudantil e interação com a Educação Básica.
“Foi uma conversa inicial, mas buscamos falar da divisão dos recursos do orçamento que foi sancionado [em 17/01/23]. O ministro respondeu que este assunto será objeto de uma conversa direta com os reitores. Também tivemos a oportunidade de falar de nossa pauta histórica pela autonomia universitária, com a qual Camilo Santana se mostrou completamente alinhado. Foi uma reunião com diálogo aberto, com muito respeito e com o ministro se mostrando em consonância com as pautas que são fundamentais para as universidades federais”, detalhou o presidente.
Fonseca registrou, ainda, a satisfação de todos os dirigentes que compõem a Andifes pela escolha da reitora Denise Pires de Carvalho, da UFRJ, como secretária da Sesu. “A presença da reitora Denise à frente da secretaria é garantia de que teremos alguém que conhece de perto as universidades federais, sobretudo o cenário vivenciado mais recentemente, se dedicando a uma pauta tão relevante para a educação e para o Brasil”, celebrou.
De acordo com o ministro da Educação, o MEC está de portas abertas para as universidades e o atual governo quer dialogar e reconstruir pontes, buscando sempre o consenso e o respeito pela autonomia. “Sou um árduo defensor das universidades federais e da ciência e tecnologia, que vejo como estratégicas para o país”, afirmou Santana. E acrescentou: “Não há desenvolvimento sem universidades. Por isso, queremos a academia dentro do MEC e das secretarias específicas, como parte de uma política de estado efetiva; e as universidades são especialistas nas pautas que são importantes para nós.”
Os reitores convidaram o ministro para a próxima reunião do Conselho Pleno da Andifes, o que foi prontamente atendido por Camilo Santana.
Encontro foi transmitido ao vivo, via YouTube. (Imagens: Reprodução/TV Brasil)
Avaliação
Na percepção de Valder Steffen Junior, as reuniões destes dois dias marcam um novo tempo para universidades e institutos federais, pois demonstram a disposição do governo atual em retomar a importância da educação, da ciência e da tecnologia, da cultura e das artes. O reitor da UFU aponta a garantia da autonomia universitária, a valorização da ciência e a recomposição orçamentária como pautas essenciais dos encontros.
Finalizando, enfatizou que a audiência com o presidente Lula trouxe tranquilidade e a certeza de que as universidades federais voltam a ter o protagonismo necessário para contribuir com o desenvolvimento do país: “As instituições de ensino são de grande relevância para o futuro do Brasil e das novas gerações."
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Palavras-chave: Reunião Andifes governo federal universidades institutos federais UFU
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