Publicado em 16/11/2023 às 11:35 - Atualizado em 16/11/2023 às 12:05
Em outubro, alunos do quinto período de Mecatrônica da UFU visitaram o Laboratório de Tecnologia em Atrito de Desgaste (LTAD), da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia (Femec/UFU). Os estudantes ouviram sobre aplicação de procedimentos e resultados de técnicas usadas para análises de materiais em processo de corrosão. Eles fizeram perguntas e conheceram peças usadas para diferentes tipos de indústria, entre elas dutos da Petrobras que foram estudados no LTAD. “Eu estava comentando isso, na verdade na aula passada que a gente teve, que foi uma aula depois da prova, e tudo fez muito mais sentido quando a gente tá aqui”, comentou Luiz Felipe Costa Fernandes, aluno do 5º período de Mecatrônica.
O grupo conheceu os dutos flexíveis chamados de risers, construídos em camadas para resistir a esforços mecânicos elevados. A estrutura em multicamadas é formada por armaduras construídas de arames e camadas poliméricas que as protegem e evitam que a água do mar entre no tubo. A visita foi guiada pelo coordenador do LTAD, professor Sinésio D. Franco e pelo pesquisador Gustavo Vilela.
Os estudantes também conheceram os limites de resistência de materiais que compõem os dutos. No caso dos risers que estão no laboratório, houve uma ruptura da camada mais externa de proteção e os arames da armadura de tração ficaram expostos à água do mar. “Eu vejo que o mais importante é você sair um pouco do pragmatismo das salas de aulas, ter acesso a uma estrutura tão tecnológica, tão evoluída como o LTAD tem, as máquinas, os projetos com os quais eles trabalham, que você tenha a oportunidade de participar, nem que seja conhecendo, sabendo as vias de fato, como que funciona por trás; isso é muito importante para o aprendizado”, disse Leonardo Garcia Alves, que também é aluno do curso.
No caso dos dutos, com o passar do tempo, o aço sofre com processos corrosivos, e formam-se pites. Eles levam a uma perda de resistência mecânica, o que, eventualmente, pode provocar a falha do arame. Se houver falha, o duto pode ser comprometido e ocasionar catástrofes, podendo chegar até a derramamento de óleo no oceano. “Dá um grande valor no currículo; o aluno consegue ter toda uma visão geral de tudo que o mercado necessita aí, no momento”, completou outro estudante de Mecatrônica, Lisandro Valentins.
A visita durou pouco mais de uma hora e deixou os alunos com desejo de voltar para conhecer mais. "Motivar e despertar para os problemas reais que na sala de aula parecem estar longe da realidade; aqui eles conhecem como realizamos a pesquisa e desenvolvemos a inovação”, apontou Sinésio D. Franco, professor e coordenador do laboratório.
O LTAD compõe a Unidade Femec/UFU da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), atende aos setores da agroindústria, da siderúrgica, automotiva e óleo e gás, tendo a Petrobras como principal parceira. “O mercado vai enxergar os alunos com outros olhos, porque é um projeto com grande parceria, com a Petrobras, e são projetos de nível mundial”, ressaltou Valentins.
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Palavras-chave: Laboratório visita estudantes Mecatrônica LTAD
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