Publicado em 20/07/2017 às 17:50 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:15
Daniel Caixeta Andrade é professor do Instituto de Economia da UFU (Foto: Diélen Borges)
A economia ecológica não é um ramo da economia. É um ramo do conhecimento que tem por finalidade aproximar as duas disciplinas. Assim o professor Daniel Caixeta Andrade, do Instituto de Economia (IE/UFU), define o tema da conferência e do minicurso ministrados por ele na 69ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belo Horizonte, nesta semana.
Andrade apresentou nesta quinta-feira (20/7) a conferência Caminhos Possíveis para Transformações no Paradigma do “Crescimento a Todo Custo”, cujo conferencista foi o professor Clóvis de Vasconcelos Cavalcanti, da Universidade Federal de Pernambuco e da Fundação Joaquim Nabuco, que também é presidente de honra da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica e presidente eleito da Sociedade Internacional de Economia Ecológica.
"Nós caminhamos para uma situação de grande incerteza para o mundo", alertou Clóvis de Vasconcelos Cavalcanti (Foto: Diélen Borges)
Desde terça-feira (18/7), os dois pesquisadores também ministram juntos o minicurso Introdução à Economia Ecológica (a Economia Limitada pela Ecologia), que termina nesta sexta (21/7). O minicurso apresenta conceitos e instrumentos relativos à interface meio ambiente - sociedade humana, com uma visão do processo econômico como fenômeno sujeito a princípios naturais inflexíveis. A ideia é construir uma proposta de desenvolvimento sustentável e políticas públicas comprometidas com essa sustentabilidade e a justiça ambiental.
As discussões continuarão no 12º Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, que acontecerá na UFU de 19 a 22 de setembro. “Esse ano vai ser a primeira vez que uma cidade do estado de Minas Gerais vai receber o evento e estamos com expectativas de um bom público”, afirma Andrade.
O evento em Uberlândia discutirá institucionalidade ambiental, economia ecológica e crise. “A economia e a ecologia, ao longo das suas trajetórias de desenvolvimento enquanto ciências isoladas, foram se afastando umas das outras. O objetivo é reaproximar essas duas ciências, tanto as ciências sociais quanto as naturais”, explica o professor da UFU.
“Vamos discutir institucionalidade sobre as normatizações, as regulações na política e na legislação brasileira com relação ao meio ambiente. A nossa impressão é de que ela [a institucionalidade] vem sofrendo um ataque, um enfraquecimento continuado desde, pelo menos, a revisão do Código Florestal em 2012”, declara Andrade.
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Palavras-chave: SBPC 69ª Reunião da SBPC Ciência pesquisa
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