Empresa incubada pela UFU é graduada e recebe prêmio destaque

Na última segunda-feira, 23 de setembro, o Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras da Universidade Federal de Uberlândia (Ciaem/UFU) realizou, na Sala dos Conselhos Superiores da UFU, a cerimônia de graduação da empresa Astra. Na mesma ocasião, ocorreu a primeira edição do Prêmio Empresa Destaque Ciaem — que também foi concedido à iniciativa recém-graduada.

O momento chamado de graduação representa a transição entre o processo de incubação e a entrada efetiva da empresa no mercado. “O processo de incubação é uma etapa crucial para o desenvolvimento das startups, oferecendo suporte, conhecimento e estrutura para que empresas como a Astra possam se fortalecer e expandir suas operações de maneira sólida e sustentável”, explicou a coordenadora de gestão do Ciaem, Manuela Botrel, na abertura do evento.

A professora Luciana Carvalho é coordenadora acadêmica do Ciaem há cinco anos, mesmo tempo de incubação da Astra. Para ela, “este é um momento importante, pois sinaliza uma trajetória de dedicação e de convivência dessa equipe que movimentou o Ciaem e continuará mobilizando parcerias e um futuro promissor”.

Além da graduação, a Astra recebeu também o 1º Prêmio Empresa Destaque do Ciaem, uma iniciativa inaugurada neste ano, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e parceria da Fundação de Apoio Universitário (FAU), entidades representadas no evento.

A Astra e o Phonopull

A Astra atua no setor de automação e robótica para o segmento do tiro esportivo. Incubada pelo Ciaem/UFU desde 2020, ano de sua fundação, já possui mais de 80 clientes em 18 estados brasileiros. Seu produto principal é o sistema de disparo de máquinas lançadoras de prato por meio de comando de voz, conhecido como Phonopull.

Melo lembra que a ideia que deu origem ao produto e à empresa veio de um conhecido que fazia parte do Clube de Tiro de Uberlândia. “Eles nos mostraram o equipamento que eles utilizavam, era um produto necessariamente importado, que estragou com pouco tempo de uso e eles não tinham o que fazer, com carência de assistência técnica e garantia. Então, pegamos o desafio de fazer um modelo nacional, que deu origem a essa empresa.”

Além de tornar o produto mais acessível para a prática recreativa, os engenheiros acreditam que a solução desenvolvida pode contribuir com o avanço do esporte brasileiro. “Para nós, é importante contribuir com a tecnologia. Dou exemplo dos jogos de Paris, agora. Teve toda uma equipe, inclusive aqui de Uberlândia, que competiu representando o Brasil. Como eles vão competir com atiradores de nível internacional se eles não tiverem acesso ao mesmo nível de tecnologia? Eles precisam da tecnologia”, argumenta Herrera.

Além do sistema de disparo por comando de voz, os empresários investem em novas soluções a problemas percebidos em campo, em testes junto a praticantes e associações vinculadas ao esporte. “Esse produto é uma porta de entrada, a partir da qual já conseguimos identificar outras demandas. Queremos desenvolver soluções que façam da Astra uma companhia para o atirador”, conclui Melo.

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