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EDUCAÇÃO BÁSICA

Já pensou se existisse um robô capaz de transformar lixo em brinquedo?

Parceria entre Programa Institucional Diário de ideias, da Eseba, e a Faculdade de Computação da UFU apresenta conceitos de Inteligência Artificial a estudantes dos 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental

Publicado em 11/12/2025 às 16:51 - Atualizado em 11/12/2025 às 18:35

Atividades do projeto foram executadas com a orientação de docentes da UFU e da Eseba e monitoria de estudantes universitários. (Foto: Milton Santos)

 

Ao longo dos últimos seis meses, o projeto "Diário de Ideias em descobertas com IA" promoveu uma experiência marcante tanto para alunos da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba/UFU) quanto para acadêmicos de quatro cursos de graduação da UFU – Ciência da Computação, Pedagogia, Psicologia e Sistemas da Informação – atuantes como voluntários, bolsistas de extensão, estagiários curriculares ou estagiários de Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). “Em linhas gerais, o objetivo deste projeto é desenvolver ações que envolvam Inteligência Artificial e as ideias dos estudantes do 1º ao 3º anos do ensino fundamental da Eseba que vivenciam a disciplina ‘Laboratório de Ideias’, ministrada por mim, bem como de outras instituições públicas de educação básica. Visa também contribuir com a formação de estudantes de graduação da UFU, atendendo à Resolução nº 7/2018 do Ministério da Educação (MEC) e à Resolução nº 25/2019 do Conselho Universitário da UFU”, resume a professora Luciana Soares Muniz, que é criadora e coordenadora do Programa Institucional Diário de Ideias, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU).

A apresentação dos resultados finais do “Diário de Ideias em descobertas com IA” foi realizada no último dia 5 de dezembro, com a participação de alunos da Eseba, membros da equipe da universidade envolvida com o projeto e convidados. Representando a Administração Superior da UFU, quem marcou presença foi o diretor de Ensino, professor Roberto Bernardino Júnior. Na ocasião, ele comentou que a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) reativou uma divisão da Diren, no intuito de aumentar cada vez mais a aproximação com as atividades da Eseba e da Escola Técnica de Saúde (Estes).

Na avaliação de Bernardino, iniciativas como aquela tendem a repercutir tanto imediatamente, na qualidade da formação dos atuais graduandos da UFU, quando a médio e longo prazos, atraindo para a instituição estudantes cuja criatividade e senso crítico foram estimulados desde a formação na educação básica. “Quando temos a oportunidade de ver um trabalho como este, que une estudantes de graduação e do ensino fundamental, podemos observar que estamos ‘plantando uma sementinha’ para o que vai chegar logo logo. Não tenha dúvida que ver este trabalho acontecendo é um reencontro com a imaginação, com o mundo lúdico, porque, quando a criança desenha, certamente ela imagina aquilo em movimento, e não de uma forma estática. Quando ela pode ver isso acontecer, está tendo a sua criatividade provocada (...) a gente percebeu o quanto trazer a Inteligência Artificial para estas crianças foi importante para elas se conscientizarem sobre os cuidados com a utilização da IA, a questão da segurança digital (...) perguntei pra elas: ‘como foi ver o seu trabalho em movimento?’. A resposta foi o olho brilhando. Isso tem um significado muito importante pra eles. E pra gente também”, exclamou.

Ainda de acordo com o diretor de Ensino, é possível fazer uma analogia com uma famosa expressão do futebol e dizer que a UFU está trabalhando bem desde as categorias de base: “É isso mesmo. Um trabalho contínuo, visando à formação de um aluno que chega à faculdade mais preparado, com um olhar diferente. A gente tem certeza de que, a partir deste projeto, sempre que essas crianças ouvirem falar alguma coisa de Inteligência Artificial, não é mais uma novidade para elas; já sabem do que se está falando. Neste sentido, esta semente plantada vai dar para estes alunos, quando chegarem na época de entrar no ensino superior, um norte muito mais claro do que é isso, se interessa ou não e como funciona. Não tenha dúvida de que a gestão da UFU tem muito empenho nesta aproximação, nesta construção com estas crianças.”

Empolgação compartilhada pela diretora da Eseba, professora Núbia Silvia Guimarães, que destacou a importância da valorização da capacidade criativa daqueles jovens estudantes. “Esta criação, aliada à tecnologia, aos recursos midiáticos atuais aos quais eles já estão inseridos, é algo fantástico. O resultado é este engajamento deles, entendendo que a escola pode ser atraente, inovadora, divertida, muito interessante e trazendo um conhecimento incrível em relação às tecnologias. Então, no sentido da formação, só há ganhos para eles. E também despertando o interesse para esta área, este campo tão novo e atual, que é o uso das IAs, das tecnologias, no processo de construção do conhecimento. Podemos ter entre estas crianças futuros alunos dos novos cursos que a UFU está criando [as graduações em Inteligência Artificial; Cibersegurança; Ciência de Dados e Estatística; e Engenharia de Computação com Inteligência Artificial Aplicada]”, vislumbrou a diretora, acrescentando que, além do "Diário de Ideias em descobertas com IA", a Eseba também possui outros dois projetos em parceria com a Faculdade de Computação (Facom/UFU).

Docente responsável pelo acompanhamento e orientação atividades dos universitários envolvidos nessa ação do Diário de Ideias, Paulo Henrique Ribeiro Gabriel avalia que essa vivência tem sido transformadora para eles. “Tiveram que trocar a rigidez técnica das salas de aula pelo ambiente dinâmico da Eseba, o que demanda paciência e bastante dedicação. Sem dúvida, é um processo de aprendizado mútuo e enriquecedor”, resumiu.

Finalizando, o professor da Facom argumentou que a Inteligência Artificial, especialmente em sua vertente generativa (como o Google Gemini e o ChatGPT), já está enraizada em nossa rotina e, consequentemente, demonstrar às crianças o poder dessas tecnologias deixa de ser apenas uma instrução técnica para se tornar uma necessidade educativa. “Em nosso projeto, equilibramos o entusiasmo pelas possibilidades com a cautela necessária: enfatizamos a privacidade e a confiabilidade, instruindo os pequenos a jamais compartilharem dados pessoais ou fotos e a manterem sempre a supervisão de um adulto. Em uma época em que a distinção entre o real e o fabricado por IA se torna difusa, esse ‘letramento em IA’ é vital para fomentar o pensamento crítico e a própria cidadania.”

 

Com a palavra, os(as) protagonistas do projeto
Imagem de uma sala de aula cheia de alunos sentados; ao fundo, dois professores estão em pé
Foto: arquivo pessoal

Confira, abaixo, depoimentos de estudantes envolvidos com o “Diário de Ideias em descobertas com IA”:

  • Anne Santos, 8 anos, aluna da Eseba: “A gente gostou que o lixo vira brinquedo. Pega uma coisa que não ia mais ter utilidade e transforma em diversão. A gente criou um robô que transforma lixo em brinquedo. É um projeto muito importante pra escola e pro mundo porque a gente vai reciclar o lixo. Não precisa jogar [o lixo] fora, transforma em brinquedo e ajuda o meio ambiente.”
  • Valentina Borges, 8 anos, aluna da Eseba: “Eu gostei da mesma coisa que ela. O trabalho em equipe foi bem legal, bem interessante. Ninguém foi preguiçoso, todo mundo colocou a mão na massa e ajudou (...) foi muito importante aprender sobre a IA e eu gostei muito do trabalho. Foi um trabalho muito em equipe. Foi muito legal, adorei! A gente aprendeu que não pode colocar nossas identidades, documentos nem nosso nome, porque é muito perigoso.”
  • Alan Thúlio Dias Costa, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “Participar do Diário de Ideias foi uma experiência muito enriquecedora para a minha formação acadêmica e pessoal. De forma lúdica, dinâmica e envolvente, contribuí para a formação tecnológica das crianças, orientando-as quanto ao uso consciente, ético e seguro das ferramentas de Inteligência Artificial a serem utilizadas nas ilustrações de suas ideias. Foi verdadeiramente gratificante integrar essa iniciativa, compartilhar conhecimentos e acompanhar de perto o brilho nos olhos das crianças ao descobrirem, com entusiasmo, novas possibilidades por meio da tecnologia.”
  • Alex Ribeiro da Mata, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “Participar do projeto Diário de Ideias foi uma experiência transformadora para mim, enquanto estudante. Incluindo toda a vergonha que tive de deixar de lado e toda a responsabilidade que precisei assumir para me tornar ‘professor’, pude perceber, na prática, o quão importante é, para o desenvolvimento infantil, estimular o processo criativo nas crianças. Além disso, enxerguei o imenso potencial que a tecnologia tem nas escolas: pude ver como os estudantes ficavam entusiasmados e curiosos com o uso da IA nas aulas. Com certeza, o Diário de Ideias é um projeto que me agregou muito e será lembrado por mim como uma das experiências mais significativas da minha formação.”
  • Anderson Gabriel Moura Ribeiro, acadêmico de Ciência da Computação/UFU: “Acredito veementemente que a estimulação das ideias e suas particularidades durante a infância auxilia não somente na formação de pessoas melhores, como também estimula o desenvolvimento do que amanhã pode se consagrar como um artista, cientista ou sonhador. O projeto, em si, não somente fomenta a criatividade, mas estabelece um novo horizonte para o futuro, mesmo que de forma implícita.”
  • Caio Fernandes Nascimento, acadêmico de Ciência da Computação/UFU: “Participar do ‘Diário de Ideias em Descobertas com a IA’ foi uma experiência transformadora e enriquecedora. Pude vivenciar o impacto positivo da tecnologia na educação. O projeto me possibilitou não a somente contribuir para o meu desenvolvimento como aluno, mas também melhorar minha própria visão da aplicação de Inteligência Artificial no ambiente escolar.”
  • Catiuscia da Conceição Deodato, acadêmica de Sistemas de Informação/UFU: “Foi uma experiência enriquecedora para minha formação. A proposta ‘colcha de retalhos’, onde cada criança pôde compartilhar suas ideias por meio de desenhos, foi um momento de grande criatividade, diversão e aprendizado com as crianças. Em seguida, utilizar a Inteligência Artificial para dar movimento a esses desenhos tornou a atividade ainda mais significativa, unindo imaginação e tecnologia. Esse contato direto com as crianças reforçou em mim a importância de usar a tecnologia de forma educativa e inspiradora.”
  • Eduardo Capucci Cunha, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “No projeto Diário de Ideias, atuei na gestão e organização das tarefas e fluxos de trabalho. Essa experiência prática foi fundamental para aperfeiçoar meus conhecimentos em metodologias de ensino infantil, especificamente ao capacitarmos as crianças no uso educativo da Inteligência Artificial. ​Além disso, o projeto reforçou a importância de incentivar o pensamento criativo desde cedo. Ao estimular essa criatividade nos mais jovens, estamos, simultaneamente, fomentando o desenvolvimento de seu raciocínio crítico e sua capacidade de análise.”
  • Flavia Alessandra Franco, acadêmica de Pedagogia/UFU e bolsista do Pibid: “Eu curso Pedagogia na UFU e faço parte do Pibid. Através do Projeto de Ideias com Arte das Pinturas, pude aprender bastante, ao acompanhar as atividades das crianças e ao observar as ideias dos grupos. Graças a esse projeto desenvolvido no Laboratório de Ideias, foi me proporcionado um rico aprendizado sobre como usar a tecnologia no processo, enriquecendo minhas metodologias e transformando a IA em minha aliada nessa jornada pedagógica.”
  • Guilherme Lourenço Machado, acadêmico de Pedagogia/UFU: “O Diário de Ideias é um verdadeiro respiro, em meio a tantas aulas com a metodologia tradicional de ensino; nele eu aprendi como a educação pode ser leve e prazerosa tanto para os alunos quanto para os educadores. O processo de aprendizagem com a metodologia desse programa institucional da UFU faz com que os alunos tragam para as aulas coisas que eles querem aprender, e é responsabilidade do educador buscar um meio de melhor abordar este tema na sala de aula. Isso, por si só, já é incrível, pois nos desafia diariamente a entender cada aluno, descobrir seus gostos e entender o melhor jeito para ensinar cada um, levando sempre as suas individualidades em consideração. Fora que o modelo das aulas se diferencia muito, pelo fato de sempre estarmos abordando temas diferentes, o que gera um sentimento de alívio muito grande, por sair da mesmice que infelizmente nos acompanha dentro da sala de aula com aulas expositivas etc (...) O Diário de Ideias demonstra que a educação pode ser dinâmica, significativa e profundamente humana. Ao colocar os interesses dos alunos no centro do processo e permitir que o professor crie conexões mais autênticas com sua turma, essa metodologia rompe com a rigidez do ensino tradicional e abre espaço para uma aprendizagem mais leve, criativa e participativa. Assim, torna-se não apenas uma estratégia pedagógica, mas uma verdadeira transformação na forma de ensinar e aprender.”
  • Laís Silva Oliveira, acadêmica de Sistemas de Informação/UFU: “Embora minha participação no Projeto Diário de Ideias seja recente, o impacto tem sido imediatamente notável. Tenho vivenciado experiências enriquecedoras, como a oportunidade de exercer a criatividade junto às crianças e desenvolver a liderança por meio da coordenação de algumas ações. É inegável que se trata de um desafio constante, mas que, sem dúvida, está gerando um crescimento pessoal e profissional significativo.”
  • Lara Machado Barbosa, acadêmica de Sistemas de Informação/UFU: “Para mim, apoiar as crianças na criação das ideias para a colcha de retalhos foi uma experiência incrivelmente gratificante, na qual aprendi mais com a imaginação delas do que ensinei. Dar vida aos seus desenhos por meio de animações, editar os vídeos e apresentar o Diário de Ideias na mostra do Museu Dica foi como ver a magia acontecer: primeiro nas mãos das crianças, depois na tela. Tudo isso dialogou profundamente com minha faculdade e com o que planejo para meu futuro acadêmico e profissional, me mostrando que a tecnologia é uma ferramenta calorosa, que existe para nos apoiar, auxiliar, dando vida a planos que ainda são só ideias, organizando, dando movimento e ampliando a beleza das criações.”
  • Lavínia Oliveira Nascimento, acadêmica de Ciência da Computação/UFU: “Vivenciar o projeto Diário de Ideias foi uma experiência única. Ver a alegria das crianças ao perceberem que os desenhos produzidos em grupo ganhavam movimento, por meio da Inteligência Artificial, foi algo indescritível. Foi um projeto diferente, enriquecedor e repleto de afeto. Sou muito grata pela oportunidade de ter participado e, em especial, agradeço à professora Luciana, pela condução cuidadosa e inspiradora desse trabalho com as crianças.”
  • Leonardo Guimarães Abreu, acadêmico de Ciência da Computação/UFU: “Ao mesmo tempo que foi uma experiência gratificante, inovadora e inesperada – pois tive a oportunidade de auxiliar o desenvolvimento de muitas crianças, assim como ser deslumbrado com a alegria e energia positiva que elas carregam, em um processo de trocas mútuas de diversão e aprendizado – também foi muito desafiador e tirou de mim grande esforço, isso porque a parte enquanto voluntário foi um trabalho árduo e constante, já que tínhamos muitas responsabilidades durante a execução do projeto. Porém, apesar das dificuldades, não me arrependo de atuar no projeto e não me esquecerei das situações que vivi dentro e fora da Eseba, contribuindo para um projeto extensionista tão nobre. Ademais, aprendi a conviver com novas pessoas, de todas as idades, e a trabalhar em conjunto com elas, entendendo suas habilidades, para que pudéssemos trabalhar em equipe, e, além disso, precisei aprender a usar ferramentas que antes não conhecia. Por fim, sou muito grato pelo projeto, e pelo conhecimento que ele me agregou.”
  • Lucas Gabriel de Carvalho Silva Oliveira, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “Foi uma experiência extremamente enriquecedora. Como estudante de um curso de tecnologia, foi especialmente interessante observar como as crianças assimilam os conceitos de Inteligência Artificial com tanta naturalidade e curiosidade. Foi um prazer integrar uma iniciativa que estimula a criatividade e o desenvolvimento infantil, reforçando a importância de aproximar temas tecnológicos das novas gerações.”
  • Maitê Finzi de Sousa Buiatti, acadêmica de Sistemas de Informação/UFU: “Minha participação nesse projeto de extensão sobre Inteligência Artificial foi uma experiência acadêmica e pessoal enriquecedora. A principal atividade que desenvolvi consistiu em transformar os desenhos das crianças sobre o meio ambiente em vídeos animados, utilizando prompts criados por elas mesmas. O resultado foi a criação de vídeos notavelmente bonitos e fiéis à visão original e às intenções expressas nos desenhos. Como futura profissional de tecnologia, o projeto me permitiu não apenas aplicar conhecimentos técnicos, mas também proporcionar às crianças um aprendizado prático e responsável sobre o uso da IA e os cuidados necessários em sua utilização. Minha dedicação à pesquisa, buscando as ferramentas de IA mais adequadas para o público infantil — descartando aquelas com temas inapropriados ou visualmente chamativos demais, como elementos de monstros ou sensualidade nas interfaces —, foi fundamental para garantir a qualidade pedagógica e a excelência dos vídeos produzidos.”
  • Marcos Franco Oliveira Junior, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “O Diário de Ideias me proporcionou uma visão única sobre o papel da universidade na sociedade. Orientar as atividades criativas com as crianças e animar seus desenhos, por meio das IAs, é gratificante. Para minha formação em Sistemas de Informação, essa experiência é valiosa, pois me ensina a adaptar a tecnologia para diferentes públicos e mostra que o curso de Sistemas de Informação vai muito além de códigos; é também sobre a utilização e criação de ferramentas capazes de educar e orientar a imaginação.”
  • Maria Cecilia Barbosa de Almeida, acadêmica de Psicologia/UFU: “Olhar para as potencialidades das crianças é, para mim, uma das experiências que mais dá sentido à minha trajetória no curso de Psicologia. Escutar o que dizem em suas produções revela os universos das infâncias: suas experiências, vivências e inúmeras formas de existir. Por meio do Programa Diário de Ideias, pude sustentar esse encontro com as crianças e com suas criatividades. Nesse espaço, elas nos mostram como veem o mundo e como desejam transformá-lo. A partir disso, observo suas espontaneidades, sensibilidades e a imaginação que são registrados nas páginas do Diário de Ideias e, claro, também os diálogos que se fazem presentes nas aulas do laboratório, os quais nos convidam a aprender em conjunto. Tal processo de aprendizagem se distancia do enrijecimento e abre espaço para a inovação. Foi nesse contexto que pude ver algo inusitado: a Inteligência Artificial como ferramenta que dá movimento às ideias das crianças. Não é a IA que dá vida à ideia das crianças; as ideias por si só já são vivas. O que percebo é que a tecnologia usada no Laboratório de Ideias dá contorno no que elas produzem. E o resultado disso foi dar visibilidade às ideias e valorizá-las com apreço. Enquanto estudante de Psicologia, que percebo que o projeto contribuiu para que elevasse as expressões subjetivas das crianças ao atemporal.”
  • Natália Brito de Andrade, acadêmica de Pedagogia/UFU e bolsista do Pibid: “Pela visão de uma estudante de Pedagogia, é uma experiência nova e diferente participar de um projeto que envolva a tecnologia da informação dentro da sala de aula. A Inteligência Artificial chegou dominando o cenário atual. É fundamental que ensinemos as crianças a utilizá-la da melhor forma possível, com segurança. Achei muito interessante e enriquecedora a experiência, pois pude aprender novas formas de tratar assuntos importantes e que fogem do habitual dentro de sala de aula, além de ter sido satisfatório ver o envolvimento, a empolgação e a participação ativa das crianças no desenvolvimento do projeto.”
  • Rafael de Almeida Ciriaco, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “O projeto me ajudou a desenvolver habilidades como trabalho em equipe e também a melhorar minha comunicação, habilidades muito importantes tanto na vida acadêmica, quanto profissional! Também foi muito gratificante acompanhar o processo de aprendizado das crianças, todas com suas personalidades únicas. Esse tempo que passei na sala de aula me desbloqueou muitas memórias de quando eu era pequeno.”
  • Rosely da Silva Santos, acadêmica de Pedagogia/UFU e voluntária: “Este projeto [Inteligência Artificial - na arte da pintura das ideias] teve um impacto muito grande na minha visão sobre as várias formas de aprendizado na minha formação em Pedagogia. Ver como as crianças interpretam as informações passadas durante as aulas e como debatem entre si. É muito reconfortante ver como a tecnologia e o manual se encaixam, se complementam e dão vida nova às suas artes.
  • Ryan Pablo Almeida Costa, acadêmico de Ciência da Computação/UFU: “Minha experiência com o projeto Diário de Ideias foi extremamente positiva. O trabalho que a professora Luciana realiza com as crianças é fenomenal, aproveitando a criatividade delas de uma forma que muitas vezes é banalizada. As ideias não são apenas ‘brincadeiras de criança’; são justamente elas que impulsionam a contínua evolução do ser humano e deveriam ser discutidas com mais seriedade, não menosprezadas. Minha participação no projeto foi mais ‘por trás dos panos’, porém pude acompanhar de perto as ideias que surgiam e o que as crianças desenvolviam. Foi uma experiência muito gratificante; pude perceber o quanto a formação humanística é essencial e como ela vai muito além do conteúdo formativo discutido em sala de aula.”
  • Vitor Carvalho Vieira, acadêmico de Sistemas de Informação/UFU: “Minha participação nesse projeto do Diário de ideias, que tem o objetivo de auxiliar crianças a explorar sua criatividade transformando suas ideias em animações por meio da Inteligência Artificial, tem sido crucial para minha formação acadêmica. Como estudante, esta iniciativa me permitiu desenvolver, além dos conhecimentos técnicos, habilidades importantes de comunicação e empatia. Foi essencial criar um relacionamento próximo e de confiança com as crianças para que pudéssemos captar com clareza a essência de suas ideias. A construção desses laços autênticos com o público infantil foi um dos pontos mais gratificantes, garantindo que a tecnologia fosse uma ferramenta fiel para a expressão da imaginação delas.”
  • Yan Lucas Santos Marra, acadêmico de Ciência da Computação/UFU: “Participar do projeto de extensão Diário de Ideias tem sido uma experiência muito importante para mim, tanto como estudante quanto como pessoa. Poder ir às escolas para ouvir as crianças, registrar suas ideias e ver essas ideias sendo transformadas em animações com o apoio da Inteligência Artificial é algo muito enriquecedor. Além disso, explicamos de forma simples o que é a IA e conversamos com elas sobre cuidados e segurança no uso dessas tecnologias, o que contribui muito para minha formação, pois desenvolvo habilidades de comunicação, empatia e responsabilidade social, além de perceber na prática como a tecnologia pode ser usada de maneira criativa e positiva para a sociedade.”

 

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Palavras-chave: diário de ideias Eseba Facom FACED IP PROEXC UFU inteligência artificial

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