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CRÔNICA

Circuito UFU 5k termina com 250 vencedores

Jornalista que participou do evento, no último domingo, narra a experiência e explica os motivos de uma corrida possuir tantos ‘campeões’

Publicado em 09/04/2019 às 11:57 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:33

Evento é realizado desde 2015 e tem como percurso a pista do Parque do Sabiá. (Fotos: Milton Santos)

Manhã de domingo, tradicionalmente, é o momento preferido pelos famosos “atletas de fim de semana” para abandonar o sofá e praticar algum tipo de atividade física. No último dia 7 de abril não foi diferente. Alunos e servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) tiveram um estímulo a mais para se dirigirem ao Parque do Sabiá e percorrerem os 5 mil metros de extensão da pista de um dos principais cartões-postais da cidade.

Promovido desde 2015 pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae), por meio da Divisão de Esporte e Lazer Universitário (Diesu), o Circuito de Corrida de Rua UFU 5k oferecia troféus aos três homens a às três mulheres mais rápidos entre os inscritos, porém o principal objetivo do evento era a confraternização entre os membros da comunidade acadêmica. E ele foi plenamente atingido.

Cada um dos participantes tinha a sua meta, sendo que a grande maioria não estava ali preocupada com a busca por um lugar no pódio. Para esta turma, alheia às indicações do cronômetro, o que interessava mesmo era concluir o trajeto e poder posar para as fotos exibindo uma bela medalha de participação. Seja correndo o tempo todo, intercalando corridas e caminhadas ou apenas caminhando, o grande prêmio estava lá, na linha de chegada, ao alcance de todos os felizardos que conseguiram se inscrever antes do término das 250 vagas.

 

 

Praticante de corridas desde 2013, autor de um livro sobre o assunto e já com quatro maratonas – ou seja, provas de 42km – em meu “currículo” de atleta amador, eu confesso que sou do tipo competitivo e planejava baixar minha melhor marca nos 5km quando efetuei a inscrição para aquela que seria a minha segunda participação neste evento. Isto significaria a necessidade de fazer muita força e adotar a estratégia perfeita para fechar o percurso em menos de 20min46s. Era preciso estar bem treinado; algo que não havia sido possível devido a problemas pessoais que tive que enfrentar nas últimas semanas. Consciente desta realidade, meu foco também se voltou exclusivamente à participação.

Eis que estava me aquecendo quando fui abordado por uma amiga, a doutoranda em Engenharia Mecânica Denize Vilela. Ela me perguntou se eu estava disposto a acompanhar uma colega de curso recém-chegada ao Brasil, a francesa Léa Penazzi. Denize só iria caminhar; Léa queria correr durante os maiores tempo e distância que conseguisse. Pronto: ajudar a minha nova amiga nesta sua missão seria meu grande objetivo naquela manhã.

E lá fomos nós, conversando ora em português, ora em inglês. Ultrapassando alguns corredores e caminhantes; sendo ultrapassados por tantos outros. O esforço de Léa era nítido e claramente perceptível pela respiração ofegante e pela ruborização de sua pele. Acostumada às condições climáticas amenas da Europa, correr no triângulo mineiro era para ela um desafio e tanto, mas a doutoranda esbanjava foco e determinação. Preocupado com o sofrimento da minha parceira, várias vezes perguntei se não seria o caso de uma pausa para caminhar e recobrar as forças. Guerreira, a francesa só aceitou este convite em duas ocasiões, uma delas para se reidratar com o providencial copo d´água fornecido pela organização da prova na altura do KM 2,5.

De passada em passada, cumprimos o percurso em pouco mais de 33 minutos e pudemos posar sorridentes para a lente do fotógrafo Milton Santos, meu colega na Diretoria de Comunicação Social (Dirco). Como também tinha um outro compromisso, precisei ir embora antes de reencontrar a Denize. Além da medalha, levei ótimas recordações de mais uma manhã feliz e outra nova amizade proporcionada pelo esporte.

 

 

Léa completou a prova mais de 10 minutos depois de Bárbara Sabino, a estudante de Química no Campus Pontal que venceu a categoria feminina. Entretanto, acho difícil definir qual das duas ficou mais contente. Assim como era evidente a empolgação do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Hélder Eterno da Silveira, que precisou de quase 50 minutos para concluir os 5km e abriu um grande sorriso ao cruzar a linha de chegada. Eu, Bárbara, Léa e Hélder estamos entre os campeões de uma competição que não teve perdedores.

 

 

>>> Confira a cobertura fotográfica do Circuito UFU 5k (fotos de Milton Santos e Marco Cavalcanti)

Palavras-chave: Esportes Proae Diesu UFU Corrida caminhada

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