45 fatos sobre ciência na UFU (parte 1)

Celebrar os 45 anos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é, também, rememorar e enaltecer a ciência produzida na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Para isso, preparamos uma lista de 45 fatos sobre pesquisadores, estudos, laboratórios, publicações; enfim, sobre a atuação da UFU na pesquisa científica e no desenvolvimento tecnológico em todas as grandes áreas do conhecimento. 

A lista será divulgada em cinco partes, ao longo deste ano, no portal Comunica UFU e nos perfis oficiais nas redes sociais. Confira, agora, a primeira parte!

1. Jovens cientistas

Maria Eduarda Ferreira (à direita) junto ao seu orientador, Carlos Henrique Gomes Martins, e à co-orientadora, Nagela Bernadelli. Ela fez Iniciação Científica na UFU durante o Ensino Médio e ganhou diversos prêmios com sua pesquisa. (Foto: Arquivo pessoal)

É comum termos uma visão estereotipada de quem é um cientista: um homem branco, mais velho, usando jaleco e dentro de algum laboratório. Mas a verdade é que cientista não possui apenas uma idade, um gênero, uma cor ou uma área de atuação. Para incluir novos pesquisadores em diferentes áreas, a UFU conta com dois programas voltados para a iniciação científica de jovens. Graças a essas iniciativas, hoje, a pesquisa na universidade acontece em todos os níveis de ensino, desde a Educação Básica, na Eseba, passando pelo Ensino Médio e Técnico, na Escola Técnica de Saúde (Estes), até os programas de graduação e pós-graduação.

2. Medição da inflação

O Cepes mede o índice de variação dos preços na cidade de Uberlândia. (Foto: Freepik)

Pesquisar e analisar dados econômicos que impactam a sociedade são ações fundamentais para a solução dos problemas enfrentados pela população. É o que faz o Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes/UFU). O órgão da universidade produz indicadores e publicações científicas relacionadas a diversos temas socioeconômicos. Por exemplo, é o Cepes quem calcula e divulga mensalmente a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de Uberlândia e os valores do salário mínimo necessário e da cesta básica.

3. Cientistas premiados

Pesquisadores do Laprosolda, da Facom e do Cepes estão entre os premiados da UFU. (Fotos: Arquivos pessoais)

Tantos pesquisadores da UFU já receberam prêmios nacionais e internacionais que seria impossível citar todos, mas relembramos alguns. Por exemplo, o Laboratório de Processos em Soldagem (Laprosolda), da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec), é bicampeão do Prêmio Petrobrás Inventor. Outro bicampeonato aconteceu na Faculdade de Computação (Facom): Anísio Pereira dos Santos Júnior e Murillo Guimarães Carneiro receberam, por duas vezes, o Latin American Research Awards, promovido pelo Google. E lembramos, também, que a economista Graciele de Fátima Sousa, do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes), recebeu o Prêmio Brasil de Economia de 2021. 

4. Divulgação científica

A sala da Divisão de Divulgação Científica da UFU fica na Reitoria, 3º piso, sala 301. (Foto: Marco Cavalcanti)

A equipe da Diretoria de Comunicação Social (Dirco) idealizou a criação de uma Divisão de Divulgação Científica e esse setor começou a funcionar em 26 de junho de 2018. A Dirquinha divisão consta na atual estrutura organizacional, consolidada pela Resolução 01/2012 do Conselho Universitário, atualizada e divulgada conforme a Portaria REITO 693/2020 e seu respectivo anexo. São duas frentes de trabalho: (1) produção de conteúdos midiáticos sobre pesquisas desenvolvidas na UFU para os canais de comunicação oficiais – sites institucionais, perfis em redes sociais digitais e plataformas de podcast e (2) apoio a outros projetos de divulgação científica da universidade, com a promoção de eventos, grupo de estudo, curso de formação e Rede de Divulgadores da Ciência da UFU. Em 2022, foi contemplada na Chamada Fapemig 05/2022.

5. Cientistas influentes 

UFU tem pesquisadores em listas de mais influentes. (Foto: Alexandre Costa)

Em 2021, a UFU ficou em 28º lugar no ranking dos 10 mil cientistas mais influentes e produtivos da América Latina, com 67 pesquisadores no total. A lista foi criada pela AD Scientific Index e leva em consideração a produtividade total dos cientistas e a dos últimos cinco anos, baseadas em pontuações e no número de citações no site do Google Acadêmico. Além da lista da América Latina, a universidade também apareceu no ranking dos 10 mil cientistas mais influentes do BRICs, bloco econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nesta listagem, a universidade aparece em 106º lugar, com 19 pesquisadores indicados.

6. Saúde transespecífica

Imagens de ações realizadas pelo Craist. (Fotos: Acervo dos pesquisadores)

Criado em  2007, o Centro de Referência em Atenção Integral para Saúde Transespecífica (Craist/UFU), também conhecido como Ambulatório para as Travestis e Transexuais, tem como objetivo formar estudantes, profissionais e pesquisadores para atuar na área, enquanto oferece um serviço de excelência credenciado pelo Ministério da Saúde. Além disso, o projeto se baseia no tripé universitário, sendo um local de ensino, pesquisa e extensão, mas também de assistência. Enquanto pesquisa, conta com a presença de mestrandos, doutorandos, residentes e estudantes de iniciação científica para desenvolver estudos em diversas áreas que auxiliem nos serviços ofertados pelo Craist. Os próprios participantes do projeto também desenvolvem estudos. A partir do centro, foi possível criar o Núcleo de Pesquisa e Acolhimento Trans (NuPAT), que atua na área de Odontologia.

7. Medição do clima 

Pesquisadores que atuam na Estação Meteorológica analisam eventos meteorológicos que causam algum impacto no município, por exemplo, alagamento, enxurrada, dano ao patrimônio e corte de energia. (Foto: Alexandre Costa)

Operando desde fevereiro de 2002 aqui na UFU, a Estação Meteorológica Automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) está localizada no Campus Santa Mônica. Mensalmente, desde 2018, pesquisadores do Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos (LCRH), do Instituto de Geografia  (IG/UFU), analisam e disponibilizam os resultados das condições atmosféricas, temperaturas médias do ar, mínimas, máximas e demais elementos do clima com possíveis fatores responsáveis por suas variações. Todas essas informações são divulgadas no Boletim do Clima, disponível no site do LCRH.  

8. Geociências

Arte de um dos vídeos do canal Geologia UFU (Imagem: Divulgação)

Já pensou em fazer uma pergunta a uma rocha? Essa é a proposta do Instituto de Geografia (IG/UFU) em Monte Carmelo, que produz vídeos bem humorados para explicar diversos assuntos sobre geociências. O canal no YouTube “Geologia UFU”, que tem cerca de mil inscritos e fala desde a geologia aplicada na cozinha até terremotos e tsunamis, tem como protagonista de seus vídeos uma pedra que usa óculos e sabe muito sobre geociências. O projeto conta com a participação da comunidade externa e de estudantes da graduação que estão inseridos no novo projeto pedagógico do curso de Geologia. O coordenador Felix Nannini explica que o intuito é divulgar conceitos introdutórios das Geociências para o público geral. Recentemente, o "Pergunta de Pedra" retomou as atividades no Instagram com a proposta de alcançar novos públicos e divulgar os próximos vídeos que serão veiculados no YouTube.

9. Acessibilidade

Paratleta testa equipamento de personalização de cadeiras de rodas. (Foto: Alexandre Costa)

Pesquisadores da UFU integram o Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (Cintesp.BR). A produção científica e tecnológica da universidade faz dela uma referência nacional em soluções inovadoras para a acessibilidade ao esporte, ao lazer e para a vida diária, além de desenvolver soluções para as limitações causadas por doenças raras. Esse também foi o tema do episódio #64 do podcast "Ciência ao Pé do Ouvido", em que falamos sobre a tecnologia no paradesporto.

Continue acompanhando os nossos canais de comunicação para ver a próxima parte dos 45 fatos sobre ciência na UFU.

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A série "ESPECIALUFU45" reúne textos escritos por membros da equipe da Diretoria de Comunicação Social (Dirco), mas também está aberta à contribuição de outros integrantes da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). As sugestões de temas a serem abordados, bem como o envio de materiais para avaliação e, em caso de aprovação, posterior publicação, podem ser realizados por meio do formulário eletrônico disponível em: www.comunica.ufu.br/divulgacao.

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