Retrospectiva 2021: o ano da UFU na ciência

Estamos terminando mais um ano difícil, mas em que houve esperança de vida. A ciência nos ajudou a acreditar que seria possível. Como instituição de pesquisa, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) somou esforços à comunidade científica internacional. Tudo isso foi notícia aqui, nos canais oficiais de comunicação da UFU, e nosso alcance por meio da divulgação científica foi cada vez maior. Vamos relembrar alguns momentos?

Teve aquele dia que passou no Jornal Nacional a pesquisa que identificou bebês nascidos com anticorpos para covid-19, feita pela UFU e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Por meio do teste do pezinho, feito em recém-nascidos, os cientistas descobriram que a maioria das mães que se infectaram pelo coronavírus durante a gestação podem passar anticorpos para os bebês por meio da transferência placentária. Em Uberlândia, a avaliação das crianças é feita pela professora Vivian Mara Gonçalves de Oliveira Azevedo, da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UFU, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde.

Os cientistas da UFU atuaram no enfrentamento da pandemia também por meio da vigilância epidemiológica. O Laboratório de Virologia, do Instituto de Ciências Biomédicas (Icbim/UFU), coordenado pela professora Ana Carolina Gomes Jardim, detectou, em março, a variante Gama (P1) do SARS-CoV-2 na região. Em agosto, a equipe encontrou a variante Delta (B.1.617.2). O trabalho foi explicado na coletiva de imprensa organizada pela Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU).

Outra importante pesquisa da UFU sobre covid-19, o teste pela saliva, continuou sendo notícia em vários veículos nacionais. O desenvolvimento do primeiro sensor biofotônico sem reagentes para o diagnóstico da doença aplicado em escala mundial foi coordenado pelo professor Luiz Ricardo Goulart, do Instituto de Biotecnologia (IBTEC). O Jornal Hoje mostrou a rede de laboratórios que está aplicando os testes.

Goulart era professor da UFU desde 1992. (Foto: Marco Cavalcanti)

Isso nos lembra uma das notícias mais tristes deste ano na UFU. O professor Goulart, que acabamos de citar por ele ter desenvolvido o teste de covid-19, faleceu, no dia 24 de outubro, em decorrência de complicações da própria covid-19. Nós contamos aqui um pouco da trajetória brilhante do cientista.

Tem outra pesquisa inovadora de Goulart que continua com a equipe do Laboratório de Nanobiotecnologia: um novo exame de próstata, uma biópsia líquida que pode detectar câncer por meio do sangue. A metodologia já foi criada, a patente está registrada e, agora, o projeto coordenado pela professora Vivian Alonso Goulart está em fase de validação. Os pacientes que já estão em tratamento ou que têm consulta agendada no setor de Urologia do Hospital de Clínicas da UFU podem manifestar, para o urologista, o interesse em participar da pesquisa. Saiba mais na reportagem que publicamos em novembro.

A UFU faz ciência em todos os campi. Uma pesquisa de Monte Carmelo, que divulgamos no Comunica UFU, foi parar na revista Superinteressante: Registros fósseis em cavernas de Minas Gerais mostram que o estado já teve mar. O Grupo Alto Paranaíba de Espeleologia (Gape), do curso de graduação em Geologia, descobriu, no interior de cavernas em Coromandel (MG), icnofósseis (vestígios que ficaram preservados) da era Neoproterozoica. 

A área de Inovação comemorou os 15 anos da Agência Intelecto, órgão vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP) e responsável pela implementação e manutenção da política de estímulo à inovação e à proteção ao conhecimento gerado na instituição. A agência ganhou um selo comemorativo e teve live de aniversário transmitida no Canal da UFU no YouTube. 

Selo comemorativo foi criado pelo publicitário João Ricardo Oliveira, da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU)

Mais uma vez, a UFU ficou entre os usuários que mais fizeram registros no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): 3º lugar em registros de Programas de Computador, 9º lugar em Patente de Invenção e 16º em Modelo de Utilidade. O Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (Ciaem) realizou o segundo Curso de Ideação, com o objetivo de estimular o empreendedorismo de inovação e de base tecnológica. A Agência Intelecto foi contemplada no edital Fapemig de Apoio a Núcleo de Inovação Tecnológica e o Ciaem foi contemplado no edital Programa de Apoio a Ambientes de Inovação.

Na Pós-Graduação, foram aprovadas pelo Conselho Universitário da UFU quatro propostas de cursos novos: Doutorado Multicêntrico em Matemática de Minas Gerais, em rede com a UFMG; Mestrado em Gestão do Agronegócio (Campus Pontal); Doutorado em  Psicologia; e Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Agora, as propostas serão submetidas à apreciação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Aliás, no dia 2/12, a Justiça Federal autorizou a retomada, pela Capes, do processo de avaliação quadrienal dos cursos. 

Neste ano, a UFU também aperfeiçoou as ações afirmativas para a pós-graduação. Confira os detalhes na Resolução CONPEP nº 7, de 12 de agosto de 2021, que dispõe sobre a política de ações afirmativas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na pós-graduação stricto sensu.

Podcast da UFU está entre os mais ouvidos do Brasil na categoria Ciência. (Foto: Reprodução do Spotify)

A divulgação científica da UFU disparou! Em 2021, nosso podcast Ciência ao Pé do Ouvido esteve nas paradas de mais ouvidos do Brasil e foi recomendado entre os melhores da categoria de ciência pela revista Galileu, publicada pela Editora Globo, e pelo portal de tecnologia Canaltech. Foram mais de 16 horas de conteúdo, em 26 episódios, que receberam 3.734 reproduções, em 36 países. O Ciência ao Pé do Ouvido foi “o podcast mais ouvido” para 162 pessoas.

Publicamos, em 2021, mais de 280 reportagens na editoria Comunica Ciência. E os conteúdos dessa editoria estão entre os mais lidos do portal Comunica UFU, inclusive os de anos anteriores. A publicação mais vista, neste ano, foi Uso do mulungu para além dos efeitos calmantes, com 44.825 acessos. Em segundo lugar, está A importância da informação e da comunicação na pandemia de coronavírus: estratégias da promoção da saúde, com 34.582 acessos. Em terceiro, 7 fatos que precisamos saber sobre a hanseníase neste século, com 27.578 acessos. 

Nas redes sociais, foram mais de 300 publicações com a hashtag #CIÊNCIA em cada perfil da UFU. O post com maior engajamento foi no Instagram, sobre aquele dia em que a UFU apareceu no Jornal Nacional. Também no Instagram, os Reels sobre ciência somaram quase meio milhão de visualizações. No Twitter, a publicação do @aopedoouvidopod em que divulgamos o episódio sobre a relação entre a família e saúde mental teve mais de 2 mil impressões. Outra novidade em redes sociais foi a criação do canal Comunica Ciência UFU no Telegram. Lá os conteúdos de divulgação científica chegam primeiro, então, participe!

Rede de Divulgadores da Ciência da UFU ganha logo para unir projetos. (Arte: Viviane Aiko)

Foi lançada, em março, a Rede de Divulgadores da Ciência da UFU, organizada pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU) e pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP/UFU). O objetivo é reunir integrantes da comunidade acadêmica que fazem divulgação científica, a fim de fortalecer as iniciativas existentes na UFU e abrir possibilidades de novos projetos e parcerias. Aconteceram cinco reuniões on-line, publicamos uma série de reportagens sobre os projetos em todos os canais de comunicação da UFU e, para o próximo ano, estamos planejando um curso de formação de divulgadores científicos. Para participar da Rede, envie e-mail para comunicaciencia@ufu.br. 

Participamos do Pint of Science, em maio, com uma edição totalmente on-line. O Pint of Science é um festival internacional de divulgação científica que acontece em bares do mundo todo. Durante o Pint Uberlândia 2021, foram publicados 42 Goles de Ciência, vídeos curtos em que pesquisadores da UFU apresentaram seus estudos. Todos continuam disponíveis no perfil @ufu_oficial no Instagram. Encontre mais facilmente pela hashtag #GolesdeCiência.

Neste ano, tivemos 91 projetos de pesquisa aprovados no Programa Demanda Universal da Fapemig e fomos contemplados com 190 bolsas no Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica, também da Fapemig. A UFU ainda começou a oferecer bolsas de Iniciação Científica para alunos da educação básica. 

E teve aquela grande noite de premiação dos jovens pesquisadores de todas as áreas: a live do I Seminário de Pesquisa, organizada pela Diretoria de Pesquisa (Dirpe/Propp), em parceria com a gente, a Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco). Foram premiadas as melhores iniciações científicas da UFU, em uma transmissão pelo Canal da UFU no YouTube com mais de 2.300 visualizações.

Isso é só um pouco do muito que a UFU fez neste ano. Aqui tem mais: comunica.ufu.br/ciencia. E para você, quais memórias científicas marcaram 2021? Comente em nossos perfis nas redes sociais: 

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Leia também: Carta ao leitor: Retrospectiva UFU 2021

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